Os períodos de crise econômica no Brasil ou no mundo tendem a fazer com que os ajustes necessários para que as coisas voltem a normalidade passem, sobretudo, por prejudicar os trabalhadores através da retirada ou diminuição de direitos conquistados através dos tempos.
Como se já não bastasse a terrível situação de desemprego, as pessoas acabam por aceitar a precarização do trabalho para garantirem sua renda e, pior, setores políticos buscam se aproveitar da situação para que esta precarização torne-se Lei o que, certamente, aumentaria em muito os lucros dos patrões e trazem um enorme retrocesso em nossos direitos.
Outro exemplo bem típico neste sentido é o da Previdência. Temos acompanhado de perto as propostas feitas pelo governo até o momento e, em todas elas, os aposentados ou os que estão em vias de aposentadoria sairão perdendo.
Em suma, devemos estar muito atentos. Não podemos aceitar que a “Crise” seja argumento para prejudicar em nada os trabalhadores. Momentos como o que estamos vivendo requerem muita negociação e neste sentido os sindicatos nunca estiveram ausentes. Mas não podemos deixar que, em nome da estabilidade econômica, tudo recaia sobre os ombros dos que geram toda a riqueza desse país. Nossa ação e mobilização é nossa alternativa de garantir que os culpados por esta “Crise” paguem por ela!
Cláudio Magrão
presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de S.Paulo