As normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho estão em risco. Usando o argumento de que “há altos custos do emprego no Brasil em função de uma normatização absolutamente bizantina, anacrônica e hostil”, o governo anunciou que vai reduzi-las em 90%.
Mais uma vez este governo mostra para quem governa. Mostra que lado está. E este lado não é o dos trabalhadores. Os nossos direitos não são moeda de troca, muito menos a nossa saúde e segurança.
Mexer nas normas regulamentadoras é um verdadeiro ataque a vida de cada trabalhador. Trata-se de um retrocesso sem precedentes em relação a saúde e segurança. A primeira da mira é a NR-12, que determina adequações em máquinas e equipamentos, que estão entre os principais causadores de mutilações em trabalhadores no nosso país.
Não é de hoje que estas normas correm riscos. A NR-12, por exemplo, desde que entrou em vigor, em 2010, tem sido alvo de ataques patronais, por meio de parlamentares que representam seus interesses. Ela ainda só não foi flexibilizada graças a pressão do movimento sindical.
Para que este e outros direitos não sejam reduzidos a pó, a resposta dos trabalhadores deve se dar em 14 junho, dia de Greve Geral. Vamos mostrar para o governo, para o congresso, que em direito de trabalhador não se mexe.
Dia 14 de junho será dia de reforçarmos o nosso descontentamento, de reforçar a luta contra a reforma da Previdência, de garantir que nossos direitos sejam respeitados, de garantir a nossa sobrevivência.