Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Metalúrgicos de Piracicaba/SP

Em assembleia com os ex-funcionários da Dedini, Sindicato destaca participação na assembleia de recuperação judicial

Mateus Medeiros

O Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba realizou (18/04), às 10 horas, no Clube recreativo da categoria, uma Assembleia com os ex-funcionários do grupo Dedini, que teve como objetivo esclarecer, tirar dúvidas, passar informações referentes à Assembleia de recuperação judicial, que ocorrerá no próximo dia 26 de abril, às 8h30, no Ginásio Municipal de Esportes “Waldemar Blatkauskas” (Rua Treze de Maio, 2122, Cidade Alta, Piracicaba). 

Alguns aspectos foram apresentados pelo Departamento jurídico do Sindicato referente à Assembleia de recuperação judicial como: a importância da participação de todos, pois a Assembleia só será realizada se houver a presença de mais da metade dos credores. Caso não haja quórum suficiente, haverá uma nova Assembleia no dia 5 de maio, que será realizada com qualquer número de credores. Levar um documento de identificação, como também não será permitido à entrada vestindo Bermudas e Camisa regata. 

Dúvidas também foram salientadas como: Se a proposta da Dedini for aceita, qual a garantia que a empresa irá honrar os pagamentos? Se a proposta não for aceita a Dedini irá à falência?

De acordo com João Carlos Ribeiro, Jipe, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba, “a Dedini possui um imóvel no plano para o pagamento dos credores, mas este imóvel tem um impedimento, há na matricula do imóvel o registro de alienação fiduciária, o que impede sua venda, sem autorização expressa do credor fiduciário. Até o momento a Dedini não apresentou o documento que comprove a concordância do credor”, destacou. 

A Assembleia será um momento para todos os ex-funcionários do Grupo Dedini tirar dúvidas, participarem da votação sobre aprovação, rejeição ou modificação do plano de Recuperação Judicial.

A recuperação judicial é uma medida para evitar a falência de uma empresa. É pedida quando a empresa perde a capacidade de pagar suas dívidas. É um meio para que a empresa em dificuldades reorganize seus negócios, redesenhe o passivo e se recupere de momentânea dificuldade financeira.

A estimativa é que 1755 pessoas participem da Assembleia, sendo que 1025 são trabalhadores.  Todos os trabalhadores dispensados da Dedini até agosto de 2015 com verbas rescisórias a receber, têm direito ao voto. 

A Assembleia também contou com a participação do secretário do Emprego e relações do trabalho do Estado de São Paulo José Luiz Ribeiro, que também tem sua história como funcionário da Dedini. “Estou sentido junto com todos os trabalhadores esta angústia. A Dedini chegou nesta situação que hoje chamo de UTI, mas não podemos desanimar e sim montar estratégias nesta reta decisiva”, destacou. 

Em créditos trabalhistas a dívida da empresa gira em torno de R$ 40 milhões. A Dedini também não cumpre com o pagamento de férias, FGTS, há atrasos de salários, dentre tantos outros problemas.

Por Erica Veríssimo