Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Educação responde pela inflação de janeiro

Em janeiro de 2009, o custo de vida no município de São Paulo apresentou alta de 0,69%, com 0,59 ponto percentual (pp.) acima da taxa de dezembro (0,10%), segundo cálculo do DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. O aumento nas despesas com Educação e Leitura (5,76%) resultou em maior impacto na inflação do mês, respondendo por 0,44 pp. A Alimentação, que em dezembro havia recuado 0,20%, voltou a subir (0,51%) e contribuiu com 0,14 pp para a taxa de janeiro.

Índices por estrato de renda
Além do índice geral, o DIEESE calcula ainda mais três indicadores de inflação segundo tercis da renda das famílias paulistanas. Em janeiro, as taxas de inflação foram crescentes de acordo com o poder aquisitivo das famílias. O estrato 1, que corresponde à estrutura de gastos de 1/3 das famílias mais pobres (renda média = R$ 377,49), apresentou variação de 0,35%. Para o estrato 2, que contempla os gastos das famílias com nível intermediário de rendimento (renda média = R$ 934,17*), a taxa chegou a 0,45%, e para o 3º estrato, que reúne aquelas de maior poder aquisitivo (renda média = R$ 2.792,90*), a taxa foi de 0,88%.

Inflação acumulada – Nos últimos 12 meses – entre fevereiro de 2008 e janeiro de 2009 – o ICV-DIEESE acumula alta de 5,90%. Ao se considerar os diferentes estratos, estas taxas são maiores para as famílias de menor poder aquisitivo, estrato 1, 6,08%; e se reduzem nos dois estratos subseqüentes: estrato 2, 5,73% e estrato 3, 5,93%.

Comportamento das taxas anuais – A observação da série de taxas anuais do ICV-DIEESE geral acumuladas de janeiro de 2008 a janeiro último mostra três períodos distintos: de janeiro a maio de 2008; de junho a novembro de 2008 e dezembro de 2008 e janeiro de 2009. Nos cinco primeiros meses de 2008, as taxas situaram-se em torno de 4,7%. A partir de junho (5,82%) observa-se um salto na inflação, que nos meses seguintes fica por volta de 7,0%. Nos últimos dois meses da série, as taxas anuais apresentam comportamento decrescente.

Como em 2008, os preços internos foram afetados pelo comportamento do comércio internacional, os diferentes bens e serviços foram analisados segundo a sua relação com o câmbio e o mercado externo. A maior parte dos gastos familiares (60,01%) é concentrada em itens cujos preços têm baixa relação com o dólar, e praticamente não se alteraram com as oscilações do câmbio. Cerca de 1/3 das despesas (32,29%) têm média relação com a taxa cambial, e as variações de preços de seus produtos foram as grandes responsáveis pelas oscilações das taxas anuais no índice geral no período. Já os bens e serviços com alta relação com o câmbio pesam 7,64% dos gastos das famílias, e ainda que tenham variado bastante, pouco interferiram na taxa do ICV.

Eventuais esclarecimentos e agendamento de entrevistas podem ser obtidos pelos telefones 3874-5361 e 3874-5363, com a Assessoria de Comunicação.