Bárbara Ladeia
Entre os especialistas em economia, o clima também é de otimismo em relação aos próximos meses. Economistas procurados pela Fecomercio apontaram uma renovação da confiança quanto à melhora dos aspectos macroeconômicos do País.
O estudo, realizado em parceria com a OEB (Ordem dos Economistas do Brasil) trouxe uma alta de 1,4% no ISE (Índice de Sentimento dos Especialistas em Economia) em relação ao apurado no primeiro mês do ano. Embora seja positivo, o resultado ainda não pode ser considerado uma reversão de tendência, tendo em vista que o nível ainda é considerado pessimista.
A expectativa é positiva, ao contrário da avaliação da atualidade, que teve queda de 6,5% comparado com o mês anterior. No prazo de um ano, no entanto, os especialistas apostam em melhora. “Ainda existem incertezas de como a crise nos atinge no curto prazo. Mas os economistas acreditam em melhoras significativas dentro de 12 meses”, afirma Kelly Carvalho, economista da Fecomercio.
Para ela, a inflação sob controle, os cortes de tributação e as novas alíquotas do Imposto de Renda da Pessoa Física tendem a trazer bons resultados no futuro. “Esse resultado pode ser explicado pelas quedas nos índices de inflação e pelas ações pontuais anunciadas pelo governo no sentido de estimular o consumo”, explica.
Para essa pesquisa, são avaliadas os principais indicadores da economia real, e não especulativa, como a expectativa de crescimento do PIB, o nível de emprego e o aumento da massa salarial.
Kelly lembra, no entanto, que o resultado da pesquisa mostra uma disseminação da crise pelo setor produtivo. “Todas as variáveis analisadas são as que tangem a macroeconomia.”