As dificuldades que os trabalhadores enfrentam na atual conjuntura – desemprego, terceirização e propostas de reforma da Previdência e trabalhista são temas debatidos nos congressos estaduais da Força Sindical. Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da CNTM, além de vice-presidente da central, esteve presente nesses eventos e comenta a situação.
1) O senhor tem participado dos Congressos Estaduais. O que os sindicalistas têm relatado sobre como os trabalhadores têm enfrentado a atual conjuntura, ou seja, o desemprego e quem está empregado, não conseguir aumento real.
Miguel Torres – Os dirigentes falam que há dificuldades nas negociações coletivas, mesmo com toda a mobilização feita, a recuperação das perdas salariais é muito difícil, sobretudo num momento em que não há retomada do crescimento. É preciso muita luta para se conseguir pelo menos a reposição da inflação.
2) Como os sindicalistas têm reagido às reformas da Previdência, trabalhista e a terceirização?
Miguel Torres – Eles são totalmente contrários. Quando se abre o debate nos congressos tem a posição unanimidade contra as reformas. Não vi ninguém defender as reformas, isso é um ponto positivo que demonstra a unidade do movimento sindical e em relação à defesa dos direitos.
3) Qual sua expectativa das atividades destes sindicatos no dia 28 nos estado?
Miguel Torres – A expectativa é positiva, em todos os lugares que temos passado a data da greve é muito bem recebida e os dirigentes argumentam que tem que ser uma reação forte para barrar as reformas.
O 28 de abril será um teste de fogo. Muitos dirigentes reclamam que o movimento sindical não tem sido chamado para discutir as questões que interessam aos trabalhadores e que esta é uma luta importante. A mobilização é fundamental.