COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Apesar de a economia brasileira já dar sinais de melhora neste trimestre -com aumento do uso da capacidade instalada nas fábricas e da demanda por bens-, a indústria de transformação ainda tem dificuldade para investir.
O número de empresas que enfrentam dificuldade dobrou em maio (87%), ante um ano antes, e 26% afirmam não ter planos de investimento para 2009 (eram 14%, em 2008). A situação é mais crítica para minerais não-metálicos (45%), celulose e papel (47%) e têxtil (49%).
Segundo sondagem da FGV (Fundação Getulio Vargas) com 820 empresas, os maiores entraves são incerteza em relação à demanda e à limitação de crédito e recursos. Aloísio Campelo, da FGV, diz que o nível de investimento chegou ao “fundo do poço” no primeiro trimestre e a previsão de empresários, ainda que “muito otimista”, de expandir 7,8% em 2009, é sinal de melhora.
O economista-chefe da RC Consultores, Marcel Pereira, diz que os empresários parecem não “precificar o desinvestimento que percebem” e, assim, demonstram um otimismo “que não condiz”. (NP)