Agora
Folha de S.Paulo
As prestações a perder de vista e as facilidades do consumo poderão ficar comprometidas no ano que vem.
Em 2012, para atingir crescimento de 3,5% projetado pelo Banco Central, os gastos dos brasileiros serão fundamentais.
Com isso, o endividamento das famílias deverá superar, pela primeira vez, a metade de sua renda anual.
A previsão é de estudo da consultoria Tendências, que aponta alta de 3,8% no endividamento das famílias, alcançando 51,3% da renda.
Apesar de não ser considerado preocupante pelo governo, o índice faz acender uma luz amarela.
Neste ano, as estimativas são de elevação acima de 15% no total de crédito concedido. O valor é considerado alto, mas compatível com expectativa de crescimento da economia acima de 3%, desemprego em baixa e aumento dos empréstimos para compra da casa própria.
O mercado imobiliário, que representa menos de 10% do crédito concedido vem se destacando. Por terem prazos mais longos (entre 20 e 30 anos de duração), até ajudam a diluir o gasto das famílias e são um dos motivos para o crescimento do crédito não ser maior.
ara especialistas, o aumento do endividamento pode prejudicar o país se começarem as demissões e o país entrar em crise. Em 2011, a inadimplência subiu de 5,7% para 7,3% o que já é visto como um alerta.