Dirigentes de dez entidades metalúrgicas ligadas à Força Sindical, CUT e Intersindical/Conlutas reuniram-se nesta sexta, 31 de março,na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo/Mogi das Cruzes, em São Paulo, para discutir a unidade de ação na greve marcada para o dia 28 de abril, em todo o País, contra as reformas do governo que visam tirar direitos trabalhistas e previdenciários, contra a terceirização selvagem e ataques à organização sindical.
O encontro foi coordenado por Miguel Torres, presidente da CNTM e do Sindicato e vice-presidente da Força Sindical, e Rafael Marques, presidente dos metalúrgicos do ABC, e contou com a participação de Paulo Cayres (CNM/CUT), Zé Maria (Intersindical/Conlutas), Eliezer Mariano (Campinas e Intersindical), José Carlos de Oliveira e Alexandre Luís Pires da Cruz (Limeira), Claudinei Gato (Santos), Adilson Faustino (FEM/CUT), Leandro Soares (Sorocaba/CUT), Mancha (São José dos Campos).
A avaliação de todos os dirigentes é a de que a classe trabalhadora está sofrendo um dos maiores ataques aos seus direitos e suas organizações estão sendo criminalizadas.
A ideia é fazer uma jornada de atividades do ramo metalúrgico em abril, traçar um roteiro de mobilização dos metalúrgicos de todo o Brasil, envolver outras categorias nesta jornada, ampliar a frente de resistência com as centrais sindicais estaduais, fazer materiais unitários de convocação da greve, vídeos e boletins falando da luta.
“No dia 15 de março, as ruas deram o recado ao governo: reformas não, nem um direito a menos. Vamos continuar denunciando os deputados que estão contra os trabalhadores”, disse Miguel Torres.
“Vamos lutar para que este dia seja de forte participação dos trabalhadores e mostre ao governo e aos deputados a rejeição da classe trabalhadora a estas reformas”, disse Rafael Marques.
Para Eliezer, “a reforma trabalhista é a fonte de domínio total e a volta à condição de exploração dos trabalhadores pelos empresários”.
“Temos que denunciar a barbárie da terceirização”, disse Zé Maria.
“Vamos também denunciar a destruição do parque industrial brasileiro. Não tem o que negociar com o governo e nem aceitar nada disso. Dia 28 de abril o Brasil para”, frizou Paulo Cayres.
Os dirigentes voltarão a se reunir para dar encaminhamento à jornada contra as reformas trabalhista, previdenciária e a terceirização.