Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Metalúrgicos de São Paulo/SP

Dirigentes metalúrgicos de São Paulo debatem principais desafios de 2015

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes realizou nos dias 21, 22 e 23 de janeiro, no auditório do Centro de Lazer da Família Metalúrgica, em Praia Grande, um Seminário da Diretoria, coordenado pelo presidente do Sindicato Miguel Torres, que também preside a CNTM/Força Sindical.

O objetivo foi fazer um balanços das ações de 2014 e avaliar os desafios para 2015, tendo como foco o fortalecimento da categoria e a defesa dos direitos trabalhistas e dos empregos.

Nos três dias, os dirigentes ouviram duas palestras, ministradas por técnicos do Diap (André Santos) e do Dieese (Altair Garcia), que analisaram o cenário econômico e político do país e o papel do movimento sindical na defesa dos interesses dos trabalhadores e definiram atividades para 2015, como intensificar as ações nas fábricas e o processo de mobilização da categoria para enfrentar os problemas que avançam sobre a classe trabalhadora.

Dois exemplos de problemas a serem enfrentados são a desindustrialização, que está provocando o fechamento e/ou a mudança de empresas da cidade e cortando empregos, e a retirada de direitos, por meio de medidas provisórias que restringem o acesso ao seguro-desemprego, pensão por morte, abono do PIS/Pasep e reduzem os valores dos benefícios e o tempo de recebimento.

Em relação às medidas, o deputado federal Paulinho da Força, que também é diretor do Sindicato, disse que vai apresentar emendas às medidas para garantir o acesso dos trabalhadores aos benefícios. “Há muito tempo não vemos um pacote tão violento tirando direitos dos trabalhadores. Devemos manter uma posição de defesa intransigente dos trabalhadores”, disse.

A diretoria avaliou a importância de ampliar os acordos de PLR, como forma de garantir um ganho financeiro extra aos trabalhadores, tendo em vista, sobretudo, o veto da presidente à correção da tabela do Imposto de Renda, reduzindo o poder de compra dos salários, a restrição ao crédito por meio de novo aumento do imposto cobrado sobre as operações financeiras (IOF) e o aumento da taxa de juros.

Departamentos

O Seminário também fez uma avaliação dos departamentos do Sindicato e sua importância como instrumento de integração e mobilização das mulheres trabalhadoras, dos jovens, na prevenção e preservação da saúde nos locais de trabalho e da valorização dos cipeiros, da preservação da memória sindical e da história das lutas e conquistas; na defesa dos direitos por meio do departamento jurídico, no âmbito da Justiça do Trabalho, e na integração promovida pelo esporte.

A diretoria aprovou a realização de um Congresso da categoria e a ampliação das ações para a realidade vivida pelo trabalhador onde ele mora. “É fazer a ação da porta da fábrica para fora, como sempre defendemos, e lutar por transporte de qualidade, saneamento básico, creche, escolas, lazer, posto de saúde, que faltam nos bairros e penalizam a família do trabalhador”, disse Miguel Torres.

O Seminário propôs também a realização de cursos de formação sindical dos trabalhadores, e também para a diretoria e assessoria, campanha de sindicalização, fortalecimento do Sindicato como instrumento de defesa dos direitos trabalhistas, políticos e sociais, não só da categoria metalúrgica, mas de outras categorias que também vêm sofrendo com a política econômica do governo federal e a falta de políticas públicas, essenciais para o exercício da cidadania, melhoria da qualidade de vida e promoção da igualdade.

“Sem metas não há como alcançar objetivos e este Seminário foi fundamental para nos fortalecer na luta e nos firmar no rumo que traçamos. Temos muito trabalho a fazer”, disse a diretora financeira, Elza Pereira.

“A unidade é a nossa força e a diretoria sai deste Seminário mais unida para enfrentar os desafios que temos pela frente e que são bastante grandes”, afirma o secretário-geral, Arakém.

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Por Assessoria de Imprensa do Sindicato
Foto: Dea Segura