Na manhã desta terça feira, 20 de setembro, em reunião no Palácio do Planalto, dirigentes sindicais reuniram-se com o ministro da Industria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, com o deputado federal, Sandro Mabel (PMDB/SP), representantes do IPEA, CNI e DIEESE, para o primeiro debate sobre a recriação das Câmaras Setoriais, que agora, chamará Fórum Nacional de Desenvolvimento Produtivo.
Pela Força Sindical, estiveram presentes o vice-presidente Miguel Torres, presidente da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, o presidente da central Paulinho da Força e o secretário-geral Juruna.
Miguel Torres defendeu a renovação da frota de veículos como parte importante deste processo de retomada do desenvolvimento e geração de empregos, incluindo as propostas do Compromisso pelo Desenvolvimento que prevê investimentos nos setores metalúrgicos e da construção pesada, de óleo e gás e naval.
Com o objetivo de operacionalizar tarefas que melhorem o ambiente de negócio, aumentem a competitividade e gerem empregos, o Fórum, terá que superar as dificuldades de um cenário econômico deficitário, com a União endividada, um curto espaço fiscal, pessimismo do empresariado e um BNDES enfraquecido.
“A realidade é que o ambiente de negócio não está bom. Não há perspectiva para a maioria dos setores e a burocratização aliada à alta de juros, inviabiliza qualquer projeto de retomada econômica. Devemos nos concentrar para resolver os pontos fundamentais e caminhar com segurança”, diz Paulinho.
Este mesmo programa foi realizado em 2011 com o “Plano Brasil Maior”. Esta proposta traçava uma nova política industrial, tecnológica, de serviços e de comércio exterior do governo federal e apresentou medidas de desoneração para desconto imediato dos impostos pagos na aquisição de máquinas para a indústria e a desoneração da folha de pagamento para os setores que empregam grande volume de mão de obra. Infelizmente não apresentou propostas concretas por ingerência do governo federal e pelo número excessivo de participantes, o que tirou completamente a assertividade das atividades.
Paulinho diz que devemos aprender com as experiências antigas, não cometer os mesmos erros para garantir que o Brasil volte a crescer e a gerar emprego.
“Já tivemos uma experiência recente que não foi produtiva. Temos que garantir a representatividade dos setores que são alicerces da economia nacional sem perder o comando. O nosso objetivo é, inicialmente, destravar pequenos obstáculos que impedem que os setores deslanchem, como a questão da leniência nas empreiteiras no setor de construção pesada e a renovação de frota para o setor automobilístico.”, finaliza o parlamentar.
O grupo se reunirá novamente na próxima terça feira (27), às 9h30, no Palácio do Planalto, para apresentar o primeiro plano de prioridades setoriais, onde os poderes Legislativo e Executivo Federal, agirão em conjunto, para solucionar medidas do Congresso Nacional que facilitem a tramitação de propostas já em andamento.