A presidenta da Federação dos Metalúrgicos de Minas Gerais, Maria Rosângela Lopes, participou de uma Oficina Temática sobre Questões Raciais.
O evento foi realizado em Porto Alegre, durante o Fórum Social Temático realizado de 21 a 26 de janeiro.
A palestra foi conduzida pelo companheiro Francisco Quintino, representante do Inspir (Instituto Internacional do Racismo) e da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial da Força Sindical.
Central discute a questão racial em palestra sobre o Negro no Mercado de Trabalho
No dia 25, a Força Sindical-RS promoveu uma palestra sobre o Negro no Mercado de Trabalho dentro da programação do Espaço Ubuntu, do Fórum Social Temático 2014.
No Largo Zumbi dos Palmares, a diretora da Central Silvia Duarte fez a abertura e apresentou o palestrante do encontro, o diretor da promoção da igualdade social da Força Sindical-SP, Francisco Quintino.
“Precisamos somar esforços para criar uma situação de protagonismo nessa luta dos negros”, frisou o sindicalista ao iniciar a palestra.
O diretor afirmou que após o processo de miscigenação, os negros passaram a ter mais de 100 denominações diferentes “Somos a maior população em termos de presença demográfica”.
Quintino também expôs uma proposta para que seja encampada pela Central e pelos movimentos sociais: que a questão racial no Brasil não seja uma política de governos e sim uma política de Estado.
“Essa questão deve estar à frente de qualquer partidarização das nações. Enquanto houver as diferenças sociais que existem nesse País, é sinal que já muita injustiça sobre tudo no que diz respeito à igualdade racial e social”, destacou.
A diretora Silvia Duarte afirmou que quando há união das centrais sindicais e dos movimentos sociais o resultado é sempre maior. Ela ainda salientou um dado importante: o negro em cargo de chefia e liderança tem a diferença salarial que chega a 62% com relação ao não negro.
O presidente da Força Sindical-RS, Cláudio Janta, fez parte dos debates do encontro e afirmou que as cotas devem estar vinculadas ao padrão social. “A discriminação não se dá por cor, e sim por CEP. Temos uma parcela da população bastante criminalizada, que são os pobres”.
Ao sindicalista e vereador de Porto Alegre sugeriu que a questão de diferenças raciais e por gêneros sejam discutidas na escola, assim como é realizado acerca do meio ambiente, trânsito e saúde. “Tem que ser discutidas essas questões, que são a base de criação desse País”, finalizou.