Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Diretrizes do 1º Encontro de Comunicação da CNTM

A CNTM – Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos realizou nos dias 17 e 18 de junho de 2008, em São Paulo, o seu 1º Encontro de Comunicação e Sindicalismo: que reuniu secretários de comunicação e assessores de imprensa das Federações e Sindicatos filiados à Confederação.

O principal objetivo do evento foi debater a necessidade de as entidades sindicais terem uma mídia própria – para contrapor a mídia tradicional que não dá destaque adequado às conquistas e ações sindicais em defesa dos trabalhadores – e encontrar formas para viabilizar os projetos de comunicação de forma mais eficiente com as bases dos trabalhadores metalúrgicos e com a sociedade brasileira.

Além das palestras, foram formados grupos de trabalho que discutiram e definiram algumas propostas para a comunicação em âmbito nacional da CNTM.

“Algumas destas propostas têm sido pensadas e colocadas em prática. Precisamos, porém, ampliar as conquistas na área de comunicação para o máximo possível de entidades sindicais. Isto é imprescindível para a valorização profissional de quem faz a comunicação, para a modernização das entidades sindicais e para o desenvolvimento político, econômico e social da categoria metalúrgica em todo o País”, avalia Clementino Vieira, presidente da CNTM. 

Propostas

* Utilizar como rede de comunicação da categoria metalúrgica o site www.cntm.org.br, por intermédio de matérias e imagens das entidades filiadas à CNTM.

* Os jornalistas das entidades que já têm Assessoria de Imprensa devem ser os responsáveis por esta comunicação com a CNTM.

* Incentivar a implantação de Departamentos de Comunicação em todas as entidades filiadas à CNTM.

* As entidades sindicais devem buscar parcerias (anunciantes) para viabilizar seus jornais, boletins e demais veículos de comunicação com a categoria e a sociedade.

* As entidades com dificuldades em criar Departamento de Comunicação devem juntar-se a sindicatos de outras categorias, em uma espécie de cooperativa, para contratar jornalista, fotógrafo e diagramador e, deste modo, elaborar os seus jornais, boletins etc.

* Outra alternativa é fazer convênios com faculdades/universidades locais e trazer estagiários de Comunicação para elaborarem os jornais e boletins, entre outras formas de comunicação sindical.

* Incentivar a publicação de jornais por empresa, com as questões de interesse dos companheiros da fábrica. Isto atrai o trabalhador para a entidade sindical.

* Os jornais precisam ter periodicidade, para que os trabalhadores tenham o hábito de esperar, receber as publicações, ler e, de forma consciente, participar das ações.

* Os jornais, além dos temas do mundo do trabalho, devem diversificar as informações, pois devemos pensar os trabalhadores de forma mais ampla (homem, mulher, família, jovem e morador de uma comunidade e/ou de um município com outros problemas e outras questões e condições de vida).

* Lançar uma publicação com informações e orientações sobre como criar e organizar um Departamento de Comunicação. Com destaque, por exemplo, para as seguintes questões: O que é preciso fazer para ter um Departamento de Imprensa? Como contratar jornalista, diagramador e fotógrafo? Quais os custos de gráfica? Qual será a periodicidade das publicações?

* Criar um link no site da CNTM para que as entidades filiadas possam buscar auxílio para fazer seus jornais e boletins.

* Valorizar os profissionais de Comunicação, por intermédio de condições dignas de trabalho, bons salários e equipamentos adequados (computadores, conexão banda larga, notebooks, softwares, celulares, gravadores e máquinas fotográficas digitais, entre outros) para o bom e eficiente exercício profissional.

* Garantir a participação dos profissionais de Comunicação nas reuniões das direções sindicais.

* Dar autonomia para que a redação de avisos de pauta (releases) para a Imprensa, sobre os fatos sindicais, seja produzido de forma profissional, dentro dos padrões jornalísticos de qualidade.

* Apoiar a participação dos profissionais de Comunicação em cursos de especialização, mestrado e doutorado, com ênfase em Comunicação no Trabalho.

* Utilizar políticas de Comunicação e Cultura para congregar, politizar e unir os sócios. Por intermédio de jornais, livros e exposição visual e oral de poesia, discurso de lideranças, peças teatrais, apresentações musicais, cine-clube, bailes, exposições, festivais de música e de teatro etc.

* Intensificar a comunicação com a categoria por intermédio da promoção de eventos esportivos, culturais e artísticos (valorizando a expressão criativa dos trabalhadores e dos talentos locais).

* Promover a inclusão digital tanto dos dirigentes sindicais quanto dos trabalhadores. Incluir nas Convenções Coletivas um item específico sobre inclusão digital nas empresas. Criar nas próprias entidades sindicais lan-houses para a categoria e a população terem acesso à Internet e aos demais recursos de informática.

* A CNTM deve incentivar as Federações a desenvolverem seus próprios sites para, desta forma, ajudarem os Sindicatos a divulgarem suas ações locais e regionais. As Federações têm que dar suporte aos Sindicatos.

* Levar a informação ao trabalhador por intermédio da exibição de vídeos nas portas de fábrica.

* As entidades sindicais devem organizar biblioteca ou centro de memória sobre a história do movimento sindical para acesso público e/ou pesquisa do trabalhador.

www.cntm.org.br
valgomes@metalurgicos.org.br