Os diretores das sete maiores empresas da base dos metalúrgicos da Grande Curitiba se reuniram na noite desta quarta-feira (20), na sede do Sindicato, para analisar e avaliar a Agenda Brasil, pacote de medidas propostas ao governo pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL), como um saída para a crise econômica.
E a diretoria não gostou do que viu. Entre as propostas estão o fim do Mercosul, a aprovação da terceirização, a cobrança de procedimentos dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), a flexibilização da legislação ambiental, a ampliação da idade para a aposentadoria e a privatização do patrimônio público.
“De maneira oportunista, o presidente do Senado está tentando se aproveitar do momento delicado pelo qual passa o País para fazer o jogo do capital financeiro, banqueiros e latifundiários. A tal da Agenda Brasil não passa de uma agenda do capital, pois atenta contra os direitos trabalhistas e as conquistas sociais da nação”, diz o presidente do Sindicato, Sérgio Butka.
O pacote ainda tem que passar pela aprovação do Congresso Nacional. “Entendemos que é preciso um consenso para tirar o País da crise, mas não vamos aceitar oportunismos. A saída para a crise tem que passar pelo debate da sociedade, pelo protagonismo do trabalhador. Não ser feita através de conchavos políticos em gabinetes fechados. Vamos lutar para reformar essa agenda de maneira a apresentar propostas que interessam à toda nação e não apenas determinados grupos econômicos”, conclui Butka.
Cláudia Ferreira
Departamento de Marketing e Imprensa