COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Apesar do otimismo de consumidores e empresários -cujo índice de confiança cresceu 2,1 pontos em maio-, o mercado de trabalho na zona do euro continua a se deteriorar.
Em abril, o nível de desemprego nos 16 países que utilizam o euro atingiu 9,2%, com mais 396 mil demitidos, informou ontem a agência de estatísticas da região. A taxa é a maior desde setembro de 1999, com ajustes sazonais.
Para a economista Jennifer McKeown, da Capital Economics, “o mercado de trabalho tende a se recuperar depois do resto da economia” e, “antes da melhora, ainda veremos a taxa aumentar mais”, “provavelmente atingindo 12% no próximo ano”.
A Espanha teve o maior índice: 18,1%. Nos 27 países da União Europeia, a taxa foi de 8,6%, com 556 mil demitidos em abril.
Entre abril de 2008 e abril passado, 4,6 milhões perderam emprego na UE. A deterioração afeta gastos dos consumidores e retarda qualquer recuperação. Em maio, a inflação anualizada atingiu 0%, a mais baixa desde 1997.
Cerca de 20,8 milhões estiveram sem trabalho na UE em abril (o que equivale ao dobro da população de Portugal). (NATÁLIA PAIVA)