É preocupante os índices apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dando conta do elevado número de pessoas à procura de uma vaga no mercado de trabalho, que manteve a taxa de desemprego em 10,1% em abril, mesmo nível apurado em março. O governo, que caminha bem com o crescimento econômico, não consegue com a mesma perfeição diminuir o número de desempregados em nosso País. A pergunta fica no ar: por que isso ocorre?
O mesmo Conselho de Desenvolvimento Econômico – que reúne empresários, trabalhadores e governo – poderia aprofundar esta questão crucial para encontrar os verdadeiros caminhos do desenvolvimento. Não se acaba com o desemprego com medidas provisórias ou decretos. É preciso fazer uma discussão mais profunda, envolvendo mais setores da sociedade como os sindicatos de trabalhadores, patronais e universidades.
Por que o dólar baixa, uma representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) vem ao Brasil, coisa que antigamente chegava às manchetes, não mereceu simples registro na Imprensa, o Risco Brasil quase zerado como os grandes países do mundo o que significa que há confiança dos investidores, há de fato investimento, e aí reside a pergunta mortal: o que explica a alta taxa de desemprego?
O atraso no repasse do aumento do salário mínimo para os trabalhadores informais – sem registro em carteira profissional ou que trabalham por conta própria – elevou significativamente o número de sub-remunerados (que recebem por hora, menos que o salário mínimo/hora) nas seis principais regiões metropolitanas do País. Esse grupo, que respondia por 15,8% da população ocupada (total de 20,5 milhões) nas seis regiões em março, aumentou a fatia para 20,4% em abril. Ou seja, cerca de 4 milhões de trabalhadores nas seis regiões eram sub-remunerados. Em um cenário em que parece que tudo vai bem na economia, ainda há um grande número de pessoas abaixo da linha de sub-remuneração.
É preciso também analisarmos até que ponto nossos empresários avançaram sob o ponto de vista tecnológico. É preciso repensar a indústria brasileira com as novas tecnologias, para inclusive competir com a China e com o resto do mundo.