Anay Cury
Cerca de 130 mil trabalhadores que perderam emprego em dezembro do ano passado, em meio à crise econômica, receberão duas parcelas a mais de seguro-desemprego.
Para patrões, medida seria para todos
Com isso, quem tinha direito a receber o benefício por cinco meses, por exemplo, deverá recebê-lo por sete. Hoje, a parcela paga pelo governo vai de R$ 465 a R$ 870.
A ampliação do seguro-desemprego foi anunciada ontem pelo ministro Carlos Lupi (Trabalho) e deverá começar a valer a partir de abril.
Deverão ser atingidos pela medida trabalhadores de 42 subsetores da economia de 16 Estados. As escolhas consideraram, segundo o governo, quem teve as maiores perdas de vagas formais, com base no Caged (cadastro de empregados e desempregados).
Os Estados que terão o maior número de trabalhadores beneficiados pela ampliação -82,6% do total- são Minas Gerais (41.412) e São Paulo (44.312). Em São Paulo, o setor mais beneficiado é o da indústria automotiva.
Em dezembro, em todo o país, 650 mil pessoas perderam suas vagas de trabalho.
De acordo com o Ministério do Trabalho, o benefício foi estendido apenas para os demitidos em dezembro porque, nos meses seguintes, a economia teria se recuperado. Diante disso, Lupi disse que o benefício não deverá ser ampliado por mais uma vez.
O gasto com a medida estimado pelo governo é de cerca de R$ 126 milhões, que deverão sair do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). O pagamento aos desempregados será automático.