Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Demitido fica sem parcelas extras do seguro


Vinícius Segalla

do Agora

Pelo menos 700 trabalhadores do setor metalúrgico do sul de Minas Gerais que foram demitidos em dezembro do ano passado ou em janeiro deste ano não receberam as duas parcelas extras do seguro-desemprego que o governo federal anunciou que entregaria para os trabalhadores.

Em março, o ministro Carlos Lupi (Trabalho) anunciou o pagamento de duas parcelas extras do seguro-desemprego para quem tivesse sido demitido nos meses de dezembro de 2008 ou janeiro deste ano. Para receber, o trabalhador precisaria ser empregado de determinados setores de certas regiões do Brasil. O setor de metalurgia de Minas Gerais estava incluído.

“Fui demitida em janeiro da Delphi (fábrica de autopeças), com mais 400 pessoas. Não recebi as parcelas e disseram que a minha empresa não estava cadastrada no programa”, conta Marina Reis, de Paraisópolis, no sul de Minas.

O sindicato dos metalúrgicos local informa que há centenas de pessoas na mesma condição. A entidade questionou, há três semanas, o Ministério do Trabalho sobre quais seriam as empresas cadastradas para receber as parcelas, já que nenhum empregado da região teria ganho o seguro. Até agora, não há resposta.

Na vizinha Itajubá, outra metalúrgica, a Mahle, demitiu 300 funcionários entre dezembro e janeiro. Segundo o Sindmetal de Itajubá, 1.107 foram demitidos neste período nas fábricas da região. Ninguém teria recebido o seguro extra. O Agora questiona o Ministério do Trabalho sobre o caso há nove dias, mas não obteve resposta.