Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Delegados sindicais aprovam bandeiras de luta 2012

 

Jaélcio Santana
Mais de 800 delegados sindicais metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes aprovaram, em assembleia na sexta-feira, 16 de março, as bandeiras de luta da categoria para 2012.

Foi aprovada também a participação da categoria no ato contra a desindustrialização e pelo emprego, no dia 4 de abril, com participação de entidades empresariais de diversos setores, em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo.

Outros atos também serão realizados em vários Estados e em Brasília (10 de maio).

“O momento é de crise em vários setores da economia e com muitas empresas em dificuldade. Isto nos preocupa e, portanto, temos que agir para reverter a situação. Se nós, trabalhadores, não tivermos uma atitude, vamos perder muito. Muitos empregos e direitos estão em jogo”, disse o presidente do Sindicato e da CNTM, Miguel Torres.

O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, disse que a economia do Brasil está crescendo, mas ressaltou que o setor industrial passa por sérias dificuldades, por causa das importações. “A desindustrialização vem numa velocidade muito grande, prejudicando a produção nacional e ameaçando os empregos. Os juros altos e o dólar baixo favorecem este cenário”, disse.

Os juros altos encarecem os produtos brasileiros e atraem o capital especulativo, enquanto o dólar baixo favorece as importações e encarece nossos produtos.

Paulinho relatou a reunião mantida com a presidente Dilma Rousseff, no dia 14 de março, em Brasília. Na ocasião, as centrais sindicais levaram as reivindicações de trabalhadores e empresários e cobraram medidas para frear as importações e aquecer a produção. “Falamos ainda sobre a necessidade de acabarmos com o fator previdenciário, defendemos o aumento dos aposentados e alertamos para a injustiça que é cobrar imposto de renda da PLR e dos abonos salariais dos trabalhadores”.

Além de aprovar as bandeiras de luta, os trabalhadores manifestaram a importância da mobilização e da unidade e assumiram levar a luta para dentro das fábricas.

Bandeiras de luta aprovadas
– Mobilização contra a desindustrialização e pelo emprego
– Aumento real de salário
– Campanha contra o calote nos depósitos do Fundo de Garantia
– Estabilidade aos delegados sindicais
– Licença-maternidade de 180 dias
– Aumento no percentual de remuneração das horas extras
– Campanha de Sindicalização
– Melhoria da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados)
– Inclusão Digital
– Implantação do Vale Cultura
– Reconhecimento, pelas empresas, dos atestados médicos da mãe ou do pai de acompanhamento do filho menor nas consultas médicas
– Implantação, pelas empresas, da NR 12 – Norma Regulamentadora “Máquina Risco Zero”, para prevenção aos acidentes de trabalho

Defesa nas fábricas e no Congresso Nacional
– Jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução salarial
– Fim do fator previdenciário
– Fim da terceirização irregular
– Aumento real dos aposentados que ganham acima do mínimo

Outras Ações
– Exibição de filmes, no Sindicato, sobre história do movimento sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, que em dezembro completará 80 anos de lutas e conquistas
– Assembleia com os delegados e delegadas sindicais da categoria no dia 16 de março, para discussão sobre as bandeiras de luta (evento realizado)
– Utilização do “trailer” METALVIDA, do Departamento de Segurança e Saúde do Sindicato, para o atendimento da saúde da mulher metalúrgica nas fábricas
– Criação de “escritórios regionais” do Sindicato para ampliar o atendimento aos trabalhadores e associados nas diversas regiões
– Entrega de pauta de reivindicações ao governo, em junho, sobre a redução da jornada de trabalho, fim do fator previdenciário no cálculo das aposentadorias e reajuste das aposentadorias de valor superior ao salário mínimo.

Paulo Segura

www.metalurgicos.org.br
Por Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes