Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Decisões macroeconômicas chegam ao nosso bolso

“Depois da gritaria dos banqueiros e especuladores com a queda da taxa básica dos juros para 11,50% ao ano, um recuo de 0,50 ponto percentual, repetindo a mesma decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que já havia reduzido os juros também em 0,5 ponto percentual em agosto, chegou a hora de nós, trabalhadores, cidadãos, correntistas e empresários que apostam na produção sentir o gostinho da redução dos juros. Ou seja, as decisões macroeconômicas do governo chegam finalmente ao nosso bolso.

No Banco do Brasil, por exemplo, na segunda-feira, dia 17, a taxa máxima de cheque especial caiu de 8,45% ao mês para 8,41%. E foi seguida por outras como para financiamento de veículos, crédito rotativo para cartão de crédito e capital de giro para empresas.

Na quinta-feira, a Caixa Econômica Federal anunciou um corte mais ousado das taxas de juros que pode chegar até a 3,1 ponto percentual em crédito para a compra de carro zero por pessoa física.

É por isso que os metalúrgicos e todos os trabalhadores envolvidos diretamente na produção, nos serviços e na agricultura, ou seja, todos que criamos riquezas para o Brasil insistiam na redução da Taxa de Juros. Porque só assim a população tem acesso mais fácil a um dinheiro mais barato, que nos permite ampliar o consumo e manter nosso mercado aquecido e gerador de empregos.

Ao contrário do que as aves agourentas do mercado financeiro diziam e mandavam publicar nos jornais a inflação não disparou com a redução das taxas de juros. O que tira o argumento dos maus patrões que estavam preparados para usar a redução na Taxa de Juros como mais uma das desculpas para atrapalhar nossa campanha salarial.

Agora, com a chegada da redução dos juros às contas das pessoas físicas, com a retomada do crédito mais em conta para a compra de carros zero, é hora de nós metalúrgicos e metalúrgicas reforçarmos nossa Campanha Salarial.

Vamos para as assembleias nas fábricas e no Sindicato dispostos a mostrar para os empresários do setor que o momento de se aproveitar os aspectos positivos da nossa economia é agora.

Enquanto Europa e Estados Unidos estão praticamente num beco sem saída, com desemprego nas nuvens e com suas finanças internas comprometidas, aqui no Brasil ainda temos um mercado interno ativo. Que só vai continuar assim enquanto mantivermos a distribuição de renda através de empregos e salários.

A hora de bons acordos salariais é agora, portanto. Para estimular a produção e a produtividade. Para construirmos um Brasil que continue a se manter como referência mundial, pelos seus recursos naturais, incluindo aí o petróleo e os minérios, mas também pelo respeito aos seus trabalhadores, que hoje são de importância vital tanto na geração de riquezas como consumidores em nosso mercado interno”.

Por Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá


Jéssica Marques
Assessoria de Imprensa
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