Em agosto, o preço dos produtos alimentícios essenciais que compõem a cesta básica teve queda em 15 das 16 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A única alta foi constatada em Goiânia (1,15%).
As maiores retrações apareceram em Recife (-10,77%), Natal (-0,73%), Fortaleza (-10,59%) e Rio de Janeiro (-10,56%). O fato é mais um sinal de que a inflação está desacelerando e, por conseqüência, o Banco Central não tem motivos para manter o viés altista da política monetária. É hora de reduzir e não de aumentar as taxas de juros.
As mais caras
A cesta básica mais cara do Brasil continua sendo a de Porto Alegre: ela custou R$ 241,16 em agosto, mesmo depois de uma queda de 6,99% ante o valor de setembro. São Paulo (R$ 241,15) e Belo Horizonte (R$ 231,26) têm, respectivamente, a segunda e a terceira cestas básicas mais caras do País. As mais baratas são as de Recife (R$ 176,09) e Fortaleza (R$ 178,37).
Com o recuo do custo da cesta em agosto, a variação acumulada no ano também diminuiu na maior parte das cidades pesquisadas, com exceção apenas de Goiânia, aonde a alta no ano chegou a 9,09%.
Ainda assim, este percentual é a segunda menor variação acumulada nas 16 capitais pesquisadas. O menor aumento foi apurado em Belém e Aracaju (ambas com 8,59%), ao passo que em Vitória a alta foi de 9,75%, também inferior a 10%. As maiores elevações ocorreram em Curitiba (22,81%), Brasília (18,60%) e Salvador (18%).