Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Notícias

CSN: turno de 6 horas terá que voltar, diz Sindicato dos Metalúrgicos

Classificada como uma grande vitória dos trabalhadores, o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense informou que obteve uma conquista no processo contra a implantação do turno de revezamento de oito horas pela empresa.

A audiência foi realizada ontem, na 3ª Vara do Trabalho de Volta Redonda, com o juiz Rodrigo Dias, e de acordo com o sindicato, a CSN terá que restabelecer o turno de seis horas.

O advogado do sindicato, João Campanário, declarou que esse processo diz respeito à uma ação civil pública do sindicato.

“A intenção da ação era anular a implantação da jornada de trabalho de oito horas que a CSN implantou em substituição à jornada de seis horas. Hoje, o juiz determinou que a companhia não poderia ter feito essa mudança e terá que pagar as horas extras do tempo trabalhado no turno de oito horas”, explicou.

Campanário salientou que essa foi uma grande vitória.

“A entidade está tendo todas essas vitórias porque a empresa está mentindo”, disse, analisando que será feito um levantamento para saber a quantos trabalhadores essa decisão atinge e o valor das horas que devem ser pagas.

O presidente do sindicato, Renato Soares, comemorou a decisão e reiterou que luta pela garantia dos direitos dos trabalhadores.

“A direção da empresa só vem cometendo irregularidades e o sindicato está centrado, lutando para garantir os direitos e conquistas da categoria”, enfatizou.

A próxima audiência com a CSN será no dia 16, na 3ª Vara do Trabalho, referente à ação civil pública, que abrangerá todas as demissões que ocorreram desde dezembro e aquelas que ainda podem ocorrer.

Entre algumas conquistas para os metalúrgicos, Soares citou o fechamento de dois acordos: da Peugeot e da Volkswagen.

Ele contou que foi fechado acordo entre 6 e 7% do Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) e R$ 4 mil de Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) com a Peugeot. Já com a Volks foi acertado de 5 a 6% do INPC e PLR e abono de R$ 4,8 mil.

“Temos conseguido avançar mesmo com as dificuldades enfrentadas devido à crise. Já vamos começar a negociação com a Metalsul e enviamos a pauta para a CSN. Esperamos que as coisas melhorem”, falou.

(Fonte: jornal Voz da Cidade, no blog O outro lado da notícia)