Alberto Komatsu
O Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) têm hoje nova rodada de negociações para discutir a flexibilização de direitos trabalhistas proposta pela empresa. Segundo o presidente do sindicato, Renato Soares Ramos, a siderúrgica ameaça demitir mais 1,1 mil trabalhadores, caso não chegue a um acordo. O sindicalista estima que de dezembro a janeiro foram dispensados 1,3 mil funcionários. A CSN foi procurada, mas disse que não se pronunciaria a respeito.
Ramos conta que as negociações vão ocorrer durante audiência na Delegacia Regional do Trabalho de Volta Redonda. De acordo com ele, a CSN quer reduzir o benefício adicional de férias dos atuais 70% sobre o salário para 33%, o mínimo estipulado pela legislação trabalhista. A empresa também quer ampliar o número diário de horas trabalhadas de 6 para 8, sem alteração de salário. Outra reivindicação, a única que tem a aprovação do sindicato, é a criação de um banco de horas.
O sindicalista lembra que o Ministério Público do Trabalho já havia ajuizado ação civil pública, com liminar deferida pela 3ª Vara do Trabalho de Volta Redonda, obrigando a CSN a comunicar qualquer demissão com 48 horas de antecedência. Também foi determinado que a empresa informe o número de demissões de dezembro de 2007 a dezembro de 2008, além dos cortes a partir de janeiro.
Segundo o presidente do sindicato, uma audiência na 3ª Vara do Trabalho deve definir a situação no próximo dia 26.