Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Crise: Vale demite 1.300 e põe em férias outros 5.500 funcionários

A Companhia Vale do Rio Doce anunciou, nesta quarta-feira (3), 1.300 demissões no mundo, sendo a maioria delas em Minas Gerais, segundo a assessoria de imprensa da mineradora. Outros 5.500 entram em férias coletivas escalonadas e 1.200 estão em treinamento para serem realocados dentro da companhia.

De acordo com a empresa, a reestruturação do quadro de funcionários é conseqüência da crise financeira internacional e resultado da redução das encomendas das siderúrgicas, principais clientes da Vale. Atualmente, a mineradora tem 62 mil funcionários no mundo.

A Vale informou no fim de outubro que vai reduzir sua produção de minério de ferro e outros minérios e subprodutos nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Amapá, além de plantas industriais e minas no exterior. Fora do país, sofrerão reduções de produção atividades localizadas na França, Noruega, China e Indonésia.

O presidente da Vale, Roger Agnelli, explicou que o corte de 30 milhões de toneladas métricas anuais na produção de minério de ferro da empresa é um “ajuste momentâneo” em razão do “fortíssimo rearranjo” que o mundo está passando por causa da crise financeira internacional.

Siderúrgicas

Entre as siderúrgicas, a ArcerlorMittal anunciou na última quinta/feira que pretende demitir até 9.000 empregados no mundo. As demissões serão feita de forma voluntária. Elas atingirão primeiro os empregados dos setores não/produtivos, que trabalham em vendas, administração e serviços gerais. Nessas categorias, o grupo tem como meta reduzir seus gastos em US$ 1 bilhão, em resposta à atual crise financeira global.

A empresa empregava no final de 2007 cerca de 35.500 pessoas na América do Norte. O grupo não especificou o número de funcionários que possui nos Estados Unidos.

Também na semana passada, o grupo siderúrgico brasileiro Gerdau anunciou que vai antecipar a parada das subsidiárias Açominas e da Siderperú (Empresa Siderúrgica del Peru) para trabalhos de manutenção.

A Gerdau admitiu que a medida também tem por objetivo reduzir a produção em um momento de queda da demanda mundial do aço por parte de clientes importantes, como os setores automobilístico e de construção.

Em reunião com investidores, o presidente do grupo, André Gerdau Johannpeter, reconheceu que a companhia pode tomar medidas semelhantes em outras fábricas, principalmente dos Estados Unidos e de outros países da América Latina, para adequar a produção a uma demanda mundial menor.

Segundo ele, a empresa prevê uma queda de 24% no volume de vendas para o último trimestre do ano em comparação com o mesmo período de 2007. (Fonte: Folha Online)