Maioria dos analistas aposta em corte de 0,5 ponto na Selic
DA REPORTAGEM LOCAL
Nesta semana, o mercado brasileiro estará concentrado na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). Investidores e analistas estão divididos em relação ao que o Copom -formado por diretores e o presidente do Banco Central- irá anunciar na quarta-feira.
A maior parcela do mercado espera que haja mais um corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica. Mas há quem conte com uma redução um pouco mais branda, de 0,25 ponto percentual. A Selic está em 9,25% anuais. Além do resultado, o mercado estará atento ao tom da nota apresentada após a reunião, que pode dar sinais sobre o futuro dos juros.
“A reunião do Copom gera ansiedade no mercado, que conta com mais um corte da taxa Selic e o final ou não do ciclo de afrouxamento monetário”, afirma Ricardo Martins, da corretora Planner.
No mercado externo, após a bateria de dados da semana passada, os eventos econômicos vão se concentrar mais em números preliminares nos EUA. Dados semanais de estoques de petróleo e de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos estão entre os eventos agendados.
Amanhã será apresentado nos EUA o índice de confiança do consumidor, importante termômetro da economia.
Na quinta-feira, sairão nos EUA números relativos à venda de casas usadas no país. E, na sexta, mais um indicador da confiança do consumidor americano, medido pela Universidade de Michigan, vai sair.
Na Inglaterra, o banco central local vai apresentar na quarta-feira a ata de seu último encontro, quando optou por manter sua taxa básica de juros em 0,5% ao ano, o menor nível histórico do organismo.
Juro futuro
No Brasil, a reunião do Copom desta semana pode representar a última redução da taxa Selic de 2009. Se a taxa básica for cortada no teto das previsões do mercado, cairá de 9,25% para 8,75% ao ano.
No pregão da BM&F, o contrato futuro de juros que projeta a taxa para o fim de 2009 fechou na sexta-feira a 8,65%. Já no contrato DI (que mostra as projeções para os juros) que vence no fim deste mês, a taxa terminou a sexta em 8,80%, o que mostra que parte do mercado espera que a redução seja de 0,25 ponto percentual.
Na quinta-feira, é a vez de o IBGE apresentar o resultado da taxa de desemprego no Brasil. Em maio, a taxa ficou em 8,8%. A expectativa é que a taxa tenha ficado estável em junho, atingindo no máximo 8,9%.