DCI
Paula de Paula
A alta dos preços das commodities está aumentando o peso das cooperativas brasileiras nas exportações e na balança comercial. Essas organizações, centradas no agronegócio, contribuíram com 19,5% do saldo comercial total obtido no ano passado pelo País. E além de fortes exportadores, já se constituem também em importadores potenciais de insumos, máquinas, equipamentos e demais produtos utilizados pela atividade agropecuária. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior (Mdic), as vendas externas brasileiras feitas através de cooperativas cresceram 39,8% em 2011 perante os dados de 2010. Nos últimos seis anos a participação dessas associações de produtores na balança comercial passou de 1,9% para 2,4%.
Com a permanente valorização dos produtos agropecuários no mercado mundial, especialistas ouvidos pelo DCI acreditam que esse movimento será ainda maior em 2012. As exportações realizadas por essas cooperativas movimentaram US$ 6,175 bilhões em 2011, recorde dos montantes registrados desde 2005 (início do período de análise).
Os dados oficiais também apontam ampliação de 29,6% das importações efetuadas por cooperativas, que totalizaram US$ 355,2 milhões. Os produtos mais exportados foram açúcar refinado (17%), café em grão (13,6%), soja em grão (11,3%) e açúcar em estado bruto.
São Paulo foi o estado com maior valor de exportações de cooperativas (US$ 2,078,9 bilhões), 33,7% do total das vendas ao mercado externo, seguido de Paraná (31,3%), Minas Gerais (14,3%), Rio Grande do Sul (5,9%), Santa Catarina (5,1%), Mato Grosso (3,8%), Mato Grosso do Sul (3,2%), Goiás (0,7%), Tocantins (0,5%) e Rondônia (0,5%).