“Boa parte dos trabalhadores é jovem. Nas lojas, shoppings, serviços, bancos e fábricas, é grande a presença da juventude, nas mais variadas profissões, desempenhando funções importantes para a economia e o País.
Esses trabalhadores e trabalhadoras recebem salário, 13º, férias, abono de férias, adicional noturno e horas extras, além de outros direitos. Dispõem ainda de garantias e benefícios, como licença-paternidade de cinco dias, licença-maternidade de 120 ou 180 dias e jornada regular, nunca superior a 44 horas mensais.
De onde vieram esses direitos que dão dignidade ao trabalho? Eles têm origem na CLT de 1943, na Constituição de 1988, em leis específicas e em normas que protegem as profissões e ampliam suas garantias. Parte dos benefícios se apoia também nas Convenções Coletivas das categorias e nos acordos coletivos firmados pelos Sindicatos – que têm força de lei.
Mas o trabalhador conhece isso? Os jovens sabem de onde vem essa rede de proteção ao trabalho e de inclusão social? Todo trabalhador tem ciência da validade da ação sindical em defesa de seus direitos e por mais benefícios?
Infelizmente, não. Muitos desconhecem a origem de seus próprios direitos. E há outros, ainda, para quem tudo isso é benesse patronal. Só uma parcela, mais militante, tem conhecimento dos fatos e reconhecimento da importância da luta sindical.
Por que isso acontece? Porque a escola não ensina a esse respeito, a mídia ignora essa pauta e, é preciso fazer a autocrítica, as organizações sindicais também não contam, como deveriam, essa história para suas bases.
Há tempos, manifesto preocupação com esse desconhecimento. Nos cursos de formação da Força Sindical temos procurado mostrar os fatos ligados às lutas sindicais e cidadãs. No Sindicato dos Metalúrgicos também agimos assim. Ano passado, colocamos o nome de Presidente João Goulart ao nosso auditório na sede, ajudando, com esse gesto, a recompor a memória rompida pelo golpe de 1964, que derrubou Jango e impediu as reformas de base.
No Jornal Sindical de julho, começamos uma série de matérias sobre as origens dos direitos – e iniciamos falando da CLT. A história dos direitos será também contada no site do Sindicato, no programa de TV Voz do Trabalhador e em outros veículos da nossa rede de comunicação.
Contar os fatos aos trabalhadores, especialmente aos jovens, é educação política. Mas é, principalmente, colocar o sindicalismo no patamar merecido perante a história nacional”.
José Pereira dos Santos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
www.facebook.com/PereiraMetalurgico
Blog: www.pereirametalurgico.blogspot.com.br