“Ninguém quer o Brasil como ele está hoje, com 13 milhões de desempregados, indústrias que fecham… Estamos sem uma perspectiva de desenvolvimento, a gente não sabe se vai ter saúde e educação”. Com essas palavras, a dirigente metalúrgica Mônica Veloso resumiu à Agência Sindical o sentimento geral do povo em relação à situação do País. Coordenadora do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) e vice-presidente da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), ela disse que o sindicalismo não deve se deixar contaminar por esse desalento. Principalmente em relação ao processo eleitoral deste ano.
“A gente vive uma situação difícil e é normal que as pessoas estejam desgastadas. Mas é exatamente por essa razão que o movimento sindical, a classe trabalhadora e os movimentos sociais precisam se engaja, para que as pessoas percebam a importância de votar em 2018. Não votar faz com que tudo permaneça com está”, sublinha.
Mônica destaca que o ataque a direitos trabalhistas, além de outras medidas que cortam direitos sociais, aprovadas pelo Congresso Nacional, só refletem uma correlação de forças desfavorável aos interesses populares na Câmara e no Senado Federal.
De acordo com a dirigente, para que uma mudança ocorra é fundamental que os Sindicatos apontem aos trabalhadores de suas bases a importância do voto consciente. “Você tem redes sociais, sites, informação em muitos lugares para ver as propostas do candidato; ver quais os compromissos que ele tem com o desenvolvimento, com a classe trabalhadora, com as políticas sociais, com as questões das mulheres, dos negros e dos jovens”, diz.
“Os dirigentes não devem ter medo de falar de política nos locais de trabalho, de trazer o debate político para dentro do Sindicato”, enfatiza. Mônica completa: “Nas eleições, o poder de decisão está de fato colocado nas mãos do povo e o papel do sindicalista como agente social e político é de não se omitir. Construir o debate é dever dos Sindicatos”.