Por João Guilherme Vargas Netto – consultor de entidades sindicais de trabalhadores
Os que leem os textos que publico em vários sites percebem que evito me intrometer em política partidária. O faço não por subestimar a ação dos partidos, mas para valorizar a própria ação sindical que não deve ser mera correia de transmissão, mas autônoma e pluripartidária. Não posso e não devo tomar partido, passe o trocadilho.
Hoje abro uma exceção a este impedimento ao elogiar os companheiros do movimento sindical pedetista que organizam o congresso sindical do PDT. Será realizado em Brasília em 19 de julho, antecipando em um dia a convenção partidária que lançará Ciro Gomes candidato à presidência da República.
Tendo como eixo a agenda prioritária da classe trabalhadora e com regimento interno formal, o congresso adensará o entorno do candidato, influindo desde já em sua plataforma política e garantindo a participação dos trabalhadores na batalha eleitoral e na articulação governamental futura, em caso de vitória.
Com meu conhecimento este é um exemplo único de iniciativa que valoriza a experiência de companheiros ativistas e militantes no delineamento de uma campanha, em sua efetividade e, principalmente, no aproveitamento da pauta sindical e da vontade dos trabalhadores na disputa eleitoral.
Na abertura do congresso sindical nacional do PDT estão convidados a participar, por proposta da comissão organizadora, os presidentes das centrais sindicais e os secretários sindicais dos partidos que assinaram o manifesto das fundações partidárias (PSB, PC do B, PT, PSOL e PCB), bem como o presidente do PDT, o candidato presidencial e os demais presidentes dos movimentos nacionais do partido.
Que esta iniciativa dê resultados e estimule também todos os dirigentes sindicais de outros partidos que têm relações com o movimento a realizarem algo semelhante, o que colocará a agenda prioritária como um dos parâmetros de cada campanha.
João Guilherme Vargas Netto
consultor de entidades sindicais de trabalhadores