Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Congresso aprova mínimo de R$ 507 para 2010; sindicatos comemoram

Fonte: Portal Band

O Congresso Nacional aprovou nesta semana o novo salário mínimo que passará dos atuais R$ 465 para R$ 507 – um aumento de 8,9%. A mudança irá ser analisada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e se aprovada, entrará em vigor no próximo ano.

 

O aumento foi apresentado no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2010 e levou em conta a inflação, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e o crescimento do PIB do ano passado.

 

Para o presidente do sindicato dos aposentados, João Batista Inocentini, a mudança é fruto das negociações entre os trabalhadores. “Ainda é pouco, mas já melhora a vida. Cerca de 18 milhões de aposentados [a grande maioria] recebem o salário-mínimo e serão beneficiados”, afirmou.

 

No entanto, Inocentini afirmou que outras medidas do governo – como investimentos na saúde – podem melhorar a renda. “Não adianta o aposentado que recebe R$ 400 de benefício gastar todo o dinheiro em remédio. O governo tem de arcar com esse custo”, disse.

 

A Força Sindical recebeu com otimismo o possível aumento do mínimo. Segundo João Carlos Gonçalves, secretário geral da Força, o reajuste segue um acordo feito entre as centrais sindicais e o governo, que estabelece que os reajustes do mínimo também devem levar em conta o crescimento do PIB.

 

“O aumento traz benefícios à população. É uma grande vantagem, pois isso melhora a condição econômica do país”, afirmou Gonçalves, que acredita que o crescimento do poder aquisitivo dos brasileiros colaborou com a recuperação da economia brasileira frente à crise econômica mundial.

 

Para a Força Sindical, a mudança não deve afetar as contas do governo. “A arrecadação cresceu, e o aumento do salário mínimo não deve prejudicar os cofres públicos”, disse Gonçalves.

 

No entanto, a Força Sindical acredita que o valor do novo mínimo ainda está longe do ideal. Segundo estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) divulgado no último dia 6, para atender as necessidades básicas das famílias brasileiras, o salário mínimo deveria ser de R$ 2.046,99.