Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Confederações debatem crise e setor automotivo

Mais de 100 dirigentes sindicais da categoria metalúrgica de todo o País, em debate organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos da Força Sindical, Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT e CTB, nesta quarta-feira, 10 de dezembro, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, tomaram as seguintes decisões:

* elaborar uma agenda de manifestações nas portas de fábrica e debates (com a participação de empresários e representantes do governo) para enfrentar e superar os efeitos da crise econômica mundial no País, garantir o nível de emprego e o desenvolvimento do setor metalúrgico e exigir contrapartidas sociais para toda a classe trabalhadora.

“A idéia foi reunir o máximo de informações referentes a demissões, redução de jornada, férias coletivas e banco de horas, entre outros assuntos do setor automotivo e componentes, e traçar um Plano de Ação contra os efeitos da crise econômica mundial no Brasil e nestes setores metalúrgicos”, afirmou Clementino Vieira, dirigente da CNTM/Força Sindical.

Iugo Koyama

Clementino Vieira

“Vamos montar uma agenda preventiva por conta da crise internacional que, ao contrário de alguns analistas, não chegou da forma como eles propagam ao Brasil”, afirmou Carlos Alberto Grana, dirigente da CNM/CUT.

Iugo Koyama

Carlos Alberto Grana

João Carlos Gonçalves, o Juruna, Secretário-Geral da Força Sindical, afirmou que a categoria metalúrgica influencia as lutas das demais categorias do País e, neste sentido, a união das confederações dos metalúrgicos e centrais sindicais na busca de estratégias contra a ameaça de demissões é de extrema importância para o Brasil enfrentar a crise e garantir contrapartidas sociais para a classe trabalhadora.

Iugo Koyama

Juruna, secretário-geral da Força

Iugo Koyama

Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo

Os 105 dirigentes sindicais participantes são representantes de 17 sindicatos de trabalhadores da categoria metalúrgica de todo o País, abrangendo trinta plantas de montadoras.


Francisco Dal Prá, secretário-geral da CNTM

Os companheiros, após uma apresentação do DIEESE sobre “Crise Financeira – Impactos sobre o Setor Automotivo brasileiro”, debateram o momento atual econômico brasileiro e mundial e aprovaram as ações da categoria metalúrgica para garantir a manutenção dos empregos nas montadoras e autopeças instaladas no Brasil e, conseqüentemente, em todo o setor.

Iugo Koyama

Airton Gustavo dos Santos, do Dieese

Também contribuiram com o evento: Tadeu Morais, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e presidente eleito do Dieese, Adi dos Santos Lima, Secretário-Geral da CUT, Geraldino Santos Silva, tesoureiro da CNTM e diretor executivo da Força Sindical, Francisco Dal Prá, Secretário-Geral da CNTM, Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Pascoal Carneiro, da CTB, e Nildo Mazini, diretor da Fiesp e presidente do Sicetel (sindicato das indústrias de trefilação).

Tadeu Morais disse que os trabalhadores precisam prestar atenção à campanha que está em curso para intimidar a população e, assim, reduzir o consumo. “Boa parte do dinheiro, que financia as vendas de carros das montadoras, é do BNDES. Queremos contrapartida de manutenção do emprego”, declarou.

Paschoal Carneiro, secretário-geral da CTB, destacou a importância da unidade das centrais para enfrentar o capital e lembrou que as montadoras sempre defenderam a liberação da economia, mas agora recorrem ao governo.

O empresário Nildo Mazzini alertou que a sociedade precisa lutar muito contra os palpites de pessoas que nem sabem o que está acontecendo, mas mesmo assim fazem previsões sobre o que ocorrerá no Brasil, que segundo eles, será muito pior. “Temos que lutar contra estes palpites e, não fazer, em termos de Brasil, que a crise seja maior do que ela vai ser. Entendo que esta é uma situação transitória”, destacou.

Texto: Val Gomes (CNTM) e Dalva Ueharo (Força Sindical)