Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Confederação protesta contra juros altos e defende Educação

Por Val Gomes
Redação CNTM

A Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos marcou presença nos dias de protesto em Brasília contra os juros altos. Carlos Lacerda, Secretário para Assuntos Parlamentares da CNTM, produziu banners alusivos à reivindicação (veja na foto ao lado).

No primeiro dia, 30 de agosto, o protesto foi uma sardinhada em frente ao Banco Central. Paulinho, presidente da Força Sindical, afirmou que o gesto simboliza que os “tubarões economistas” precisam sentir o “cheiro das ruas” para baixar os juros.

No dia seguinte, 31 de agosto, os manifestantes metalúrgicos engrossaram a manifestação de estudantes por mais investimentos em educação. “A reivindicação dos estudantes é de 10% do PIB para a Educação e coincide com a nossa pauta trabalhista”, afirma Mônica Veloso, presidenta da CNTM.

Com relação à redução de apenas 0,5 ponto na taxa Selic, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Miguel Torres, afirma: “A medida é tímida e acena que o comitê continua defendendo o freio na economia”. 

A manifestação começou em frente ao Banco Central e seguiu em passeata, com mais de 20 mil participantes, até o Congresso Nacional. Ela faz parte de uma série de manifestações feitas pelos movimentos sindical e social em todo o País, desde julho, em defesa da “Agenda Unitária da Classe Trabalhadora”. 

Além de corte de juros, a agenda inclui:

  • Jornada de trabalho de 40 horas sem redução de salários.
  • Fim do Fator Previdenciário.
  • Nova legislação para a terceirização.
  • Regulamentação da Convenção 151 da OIT, que garante a negociação coletiva para os servidores públicos.
  • Ratificação da Convenção 158 da OIT, contra as demissões imotivadas.
  • Mudança na política econômica do governo: com redução dos juros, desenvolvimento com valorização do trabalho, distribuição de renda e fortalecimento do mercado interno.
  • Reformas agrária e urbana.
  • 10% do PIB para a Educação.
  • Salário igual para trabalho igual e combate a todas as formas de discriminação e violência.
  • Soberania nacional e autodeterminação dos povos.