“Muito se tem falado do exemplo que é termos uma mulher na Presidência da República. Sem dúvida, representa uma vitória histórica. Um divisor de águas.
Mas, para que esta conquista se desdobre na maior participação da mulher na vida pública de seu País, é preciso refletir sobre as condições fundamentais para que as mulheres se percebam capazes de assumir tal papel.
Maioria da população, maioria da população economicamente ativa, maioria do eleitorado. Nenhuma destas estatísticas é suficiente para que elas se sintam empoderadas, se vejam capazes de virar o jogo em que são menos de 20% no parlamento, no Judiciário e nos sindicatos.
Esta é uma reflexão para toda sociedade, inclusive para as mulheres: é preciso construir as condições de empoderamento para que elas ocupem cada vez mais espaços e assim possam contribuir com a construção de políticas públicas e com a tomada de decisões que façam a diferença para a construção da sociedade justa e participativa que tanto almejamos.
São questões fundamentais a uma sociedade que quer ser inclusiva. Por isto, garantir o acesso a estes direitos é papel do Executivo, do Legislativo, do Judiciário, empresas e de toda a sociedade. É o direito ao exercício da cidadania que está em questão”.
Por Mônica Lourenço Veloso
Vice-Presidente da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), Secretária-Geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, Secretária-Adjunta de Relações Internacionais da Força Sindical