“Os trabalhadores e trabalhadoras precisam ter muita atenção na hora de escolher o candidato a prefeito e a vice e avaliar quem os apoia. Se o apoiador, por exemplo, é um político que votou e vota contra os direitos trabalhistas e previdenciários da classe trabalhadora, com certeza o prefeito e vice seguirão nessa linha nefasta para os trabalhadores e trabalhadores”. Esta é a reflexão de Francisco Sales Gabriel Fernandes, o Chico, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Mococa e Região e vice-presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo.
Chico do Sindicato também faz um alerta contra o assédio eleitoral nos locais de trabalho. “Ninguém pode ser coagido a votar em quem o patrão defende. Isso é crime”.
Neste sentido, é muito significativa a campanha do Ministério Público do Trabalho (MPT) e das centrais sindicais Força Sindical, CUT, UGT, CTB, Nova Central, CSB, Pública e Intersindical de combate ao assédio eleitoral nos ambientes de trabalho. “A liberdade política dos trabalhadores e trabalhadoras precisa ser protegida”, diz Chico do Sindicato.
Vale destacar que na sede do MPT em Brasília, dia 17 de setembro de 2024, foi assinado um Pacto Institucional para a Defesa da Democracia nas Relações de Trabalho, que busca fortalecer a colaboração entre o MPT e as centrais sindicais para prevenir e reforçar práticas de discriminação por orientação política, assegurando o direito de escolha e expressão política dos trabalhadores.
Para o procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, “interferir na liberdade de voto é ilícito e configura assédio eleitoral”.
A campanha já possui um canal de denúncias:
Combate ao Assédio Eleitoral – Centrais Sindicais