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Pedro Celso, secretário-geral da CNTM e diretor do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba/PR
Devido à crise econômica que atravessa o país, quase metade dos fabricantes de veículos tomou medidas para reduzir a jornada de trabalho de seus empregados. Desde janeiro, a queda na produção passou de 17% e as montadoras demitiram quase 5.000 trabalhadores. Atualmente, são mais de 10 mil trabalhadores parados, em férias coletivas, licença remunerada ou cujos contratos foram suspensos temporariamente (layoff). Além disso, montadoras têm aberto planos de demissão voluntária (PDVs).
Uma das ações mais radicais até agora foi da Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo, em São Paulo. 7 mil trabalhadores das áreas de produção entrarão em férias coletivas por 15 dias a partir de 1 de junho. Além disso, a montadora anunciou a demissão de mais 500 funcionários na terça-feira (19). Em Goiás, a fábrica da Suzuki em Itumbiara fechou as portas. Dos cem funcionários, 40 devem ser reaproveitados em outra unidade na cidade de Catalão, os outros 60 serão dispensados.
O Sindicato do Metalúrgicos de Curitiba enfrenta o mesmo problema. “Hoje a Volvo está com mais de 4.000 caminhões no pátio e resolveram cortar um turno. Os empresários estão se utilizando desse reajuste fiscal do governo pra tirar direitos dos trabalhadores” afirma o secretário geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos – CNTM e diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba, Pedro Celso.
Para o presidente do sindicato dos metalúrgicos de Volta Redonda – RJ, Silvio Campos, o trabalhador acaba pagando por esse corte de despesas. “As montadoras tem uma longa história de lucro no país. Quando aperta, mandam metade dos empregados embora e espera a poeira baixar” diz o dirigente.
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