A Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos – CNTM, as Federações, os Sindicatos e as trabalhadoras e trabalhadores metalúrgicos que integram a sua base, vêm, a público, lamentar e repudiar a ação da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que, de forma arbitrária deteve o seu Presidente Miguel Torres, quando no exercício do seu mais distinto dever – o de defender os direitos dos trabalhadores.
O Presidente Miguel Torres foi detido na manhã desta terça-feira, 18 de setembro, quando coordenava assembleia da Campanha Salarial 2012 na região leste da capital, na rua Cadiriri, Mooca, com participação de cerca de mil trabalhadores metalúrgicos das empresas Ferrolene e Aratell.
Este ato, de um membro da Polícia Militar do Estado de São Paulo, viola de forma contundente a Constituição Federal Brasileira, que garante a liberdade de organização e atuação sindical.
As organizações sindicais estão de forma rotineira sofrendo, com maior ou menor intensidade, impedimentos para o exercício do seu direito de organização e de negociação coletiva.
Trata-se de uma prática antissindical e que deve ser coibida com veemência. É uma ameaça a democracia.
As entidades sindicais são uma das poucas linhas de defesa que a Sociedade Civil possui para se contrapor a voracidade atroz do capital e possuem um papel social fundamental, já que são os únicos atores sociais capazes de lutar pelos atuais direitos dos trabalhadores, bem como, por melhorias salariais, condições dignas de trabalho, em busca de novos direitos e contra atos antissindicais.
Se ausentes, a exploração não encontrará mais barreiras especialmente em razão de ser o capital, muito mais poderoso e organizado que as forças difusas que atuam do lado do trabalho.
Nota da Diretoria da CNTM