A CNTM-Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos enviou nota pública de repúdio, encaminhada às autoridades constituídas e aos organismos internacionais, contra o constrangimento imoral (praticando terrorismo interno) que a empresa ArcelorMittal Brasil está submetendo os seus trabalhadores em todas as unidades da empresa no Brasil.
Acontece que a ArcelorMittal, por intermédio de um procedimento denominado Avaliação do Treinamento, estabeleceu penalidades aos trabalhadores que saírem das faixas de segurança. Os trabalhadores são pontuados: 3 pontos (advertência verbal), 5 pontos (advertência por escrito), 8 pontos (suspensão) e 10 pontos (demissão; inclusive com justa causa).
Para o diretor Everaldo dos Santos, do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco/SP: “é um assédio moral e uma incoerência imensa da empresa”. O dirigente afirma que as entidades sindicais devem entrar em breve com ações no Ministério Público pedindo o fim destes procedimentos que, aliás, ferem a legislação trabalhista.
Everaldo informa também que a ArcelorMittal unificou os cronogramas da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados), padronizando valores e metas muito rígidas para os trabalhadores (cerca de 12 mil) de todas as 12 unidades da empresa no Brasil. Há unidades em Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro. “Esta padronização é muito prejudicial, pois – além das metas dificultarem a conquista – os valores estão abaixo dos valores que os trabalhadores estavam conquistando”, diz Everaldo.
Para Mônica Veloso, vice-presidente da CNTM, é um retrocesso muito grande da empresa com relação aos avanços conquistados nas relações trabalhistas entre capital e trabalho. “Repudiamos o assédio moral, o terrorismo e a pressão contra os trabalhadores. Defendemos uma relação de respeito, mais humana, de valorização dos trabalhadores”, diz.
Mais informações:
Mônica Veloso, vice-presidente da CNTM
fone (11) 8276-9316
texto de Val Gomes