Jaélcio SantanaMiguel Torres (camisa azul), presidente da CNTM, no ato contra os juros altos
As centrais sindicais (Força Sindical, UGT, NCST, CTB e CGTB) e movimentos sociais realizaram nesta quarta-feira (18) um ato em frente ao Banco Central, na Avenida Paulista, em São Paulo, reivindicando a queda na taxa básica de juros, que hoje está em 11% ao ano.
O protesto reuniu cerca de 2 mil manifestantes e ocorreu no dia em que o Copom (Comitê de Política Monetária) reúne-se para decidir sobre a manutenção ou alteração na Selic.
“Precisamos aumentar a produção, o consumo e o nível de emprego no País. Baixar os juros significa um importante passo nesta direção. Exigimos também a participação de representantes da classe trabalhadora e do setor empresarial nas decisões do Copom “, afirmou o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical.
Miguel Torres, presidente da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, disse que está faltando ousadia e coragem do governo federal em baixar os juros. “Isto é fundamental para o País retomar o rumo do crescimento econômico, com geração de emprego e melhores salários, e manter-se firme para enfrentar os possíveis efeitos negativos da ainda preocupante situação financeira internacional”.
Os diretores da CNTM Carlos Albino e Carlos Lacerda também participaram do ato em São Paulo. “Foi muito representativo e serve de recado para o governo saber que o movimento sindical continua unido e exige mudanças”, disse Albino. “Precisamos de uma política econômica que valorize o setor produtivo, com mais emprego, consumo e fortalecimento do mercado interno brasileiro”, avalia Lacerda.
Para João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical, baixar a taxa de juros fortalece a possibilidade de investimentos na produção e a geração de empregos. “Manter os juros nesse patamar privilegia apenas o setor especulativo”, completa Juruna.
Por Val Gomes, Redação CNTM, e Fábio Casseb, Redação Força Sindical
Jaélcio Santana
Paulinho e Juruna em frente ao Banco Central