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Clementino Vieira, presidente da CNTM, na comissão geral que debateu as 40h
“O movimento sindical já tem clareza suficiente para defender esta mudança que é de amplo alcance social para os trabalhadores. Precisamos, agora, massificar os nossos argumentos em defesa da redução perante a sociedade brasileira de um modo geral e, em Brasília, continuar pedindo o apoio e o voto dos parlamentares pelas 40 horas, já!”, diz Clementino Vieira, presidente da CNTM.
Clementino Vieira defendeu ontem (25 de agosto) em comissão geral na Câmara dos Deputados, em Brasília, a votação da PEC 231/95, que reduz de 44 para 40 horas a carga de trabalho semanal no País.
“Além de todos os benefícios desta medida com relação à geração de emprego e mais qualidade de vida para a classe trabalhadora, ela é um instrumento a mais na luta contra as desigualdades salariais e sociais no Brasil”, diz o dirigente.
Foto Rodolfo Stuckert/Agência Câmara
Paulinho, presidente da Força Sindical, na liderança da luta pelas 40h
O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, leu requerimento de preferência de votação para a matéria assinado por diversos líderes partidários.
Paulinho disse que a mudança não levará empresas à falência, mas beneficiará o Brasil. “O que quebra uma empresa é o excesso de imposto e não a redução da jornada de trabalho. De 1988 [ano em que a jornada passou de 48 para 44 horas] para cá, a produtividade no Brasil mais que triplicou. O País ganhou mercado e conseguiu até melhorar salário”, disse.
Paulinho acredita que a redução gerará empregos e, consequentemente, aumentará o mercado interno. “A negociação feita entre trabalhadores e empresários neste ano aumentou o salário acima da inflação, deu 12% para o salário mínimo no meio da crise. Isso fez com que vocês, empresários, pudessem vender mais.”
O deputado disse ainda que os empresários não querem negociar e afirmou que já tentou discutir o assunto com o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado Armando Monteiro Neto (PTB-PE).
Crescimento
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Miguel Torres, Janta (RS) e Leninha (SP)
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e vice-presidente da Força Sindical, Miguel Eduardo Torres, defendeu a redução da jornada. Ele ressaltou que desde 1988, quando a jornada passou de 48 para as atuais 44 horas semanais, o País tem crescido e os investimentos na produção, aumentado. “A redução da jornada foi mais que compensada pelo aumento da produtividade”, afirmou.
Distribuição de riqueza
O diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lucio, disse que o Brasil está preparado para reduzir a jornada de trabalho. A decisão sobre a redução, em sua opinião, é política e seria uma forma de distribuir a riqueza gerada no País.
Qualidade de vida
O presidente do Sindicato dos Professores da UnB, Flávio Borges Botelho Filho, disse que o País está atrasado quanto à redução da jornada de trabalho, e que outros países já debateram o tema com propriedade, adotando a opção pela qualidade de vida dos trabalhadores.
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Tadeu Morais, Vicentinho e Juruna
Por Val Gomes
Jornalista
Assessor de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos/CNTM
www.metalurgicos.org.br
www.cntm.org.br
Com informações da Agência Câmara (em Tempo Real)
Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Newton Araújo
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Metalúrgicos da Força Sindical presentes à mobilização em Brasília
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A mobilização continua: Paulinho e dirigentes sindicais conquistam nesta quarta-feira, 26 de agosto, o apoio do líder do Governo Henrrique Fontana.
Na foto: Eunice Cabral (costureiras de SP), Leninha, Jefferson, David, Luisinho, Pereira e Silvio (metalúrgicos de SP).