Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Escrito por Assessoria de Imprensa da Força Sindical-MS e redação CNTM    

Trabalhadores e Governo estão travando uma verdadeira queda de braço no Congresso Nacional por conta do fator previdenciário e outros projetos em tramitação na Casa.

A Força Sindical e outras centrais sindicais mantêm vigília no Congresso Nacional acompanhando a tramitação desse e de outros projetos de interesse dos trabalhadores brasileiros.

Esse e outros assuntos foram discutidos ontem em Campo Grande/MS na V Plenária Estadual da Força Sindical. Dezenas de sindicalistas de todo Estado participam do encontro que conta com a participação de dois representantes da nacional: Marcos Perioto e Sérgio Leite.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão/GO e 1º Secretário de Finanças da CNTM, Carlos Albino (na foto acima, ao lado do economista Marcos Perioto da Força Sindical), participou da plenária e, na ocasião, defendeu a intensificação da luta do movimento sindical pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial, para a geração de empregos e enfrentamento e superação da atual crise econômica.

Albino aproveitou a sua estada no estado do Mato Grosso do Sul para visitar os Sindicatos de Metalúrgicos de Campo Grande e Dourados e levar a solidariedade da CNTM às lutas dos companheiros destes municípios.

União nas lutas pelos direitos
O presidente da Força Sindical MS, Idelmar da Mota Lima, recebeu a presença da superintendente regional do trabalho e emprego, Marlene Nogueira e representantes políticos na plenária da central. Segundo ele, os trabalhadores devem manter união para conseguir manter a luta pela manutenção dos seus direitos trabalhistas e até para avançar mais nas conquistas.

Em reunião no final de abril segundo Idelmar, dirigentes das principais centrais sindicais do país manifestaram seu apoio ao projeto do senador Paim, que elimina o fator previdenciário e garante o mesmo reajuste do salário mínimo aos aposentados.

O fator previdenciário foi instituído pela Lei 9.876, aprovada em novembro de 1999, no bojo da contra-reforma de FHC. Ele é um mecanismo contábil de arrocho dos trabalhadores que retarda os pedidos de aposentadorias por tempo de contribuição, elevando em cinco anos a idade média de quem requer o benefício. Como a redução dos rendimentos é expressiva (ele fica menor quanto mais cedo a pessoa se aposenta), o trabalhador é obrigado a adiar o acesso ao benefício.

O diretor da central, José Lucas da Silva reforçou o prejuízo para os aposentados e pensionistas, que o fator previdenciário representa. “Precisamos dar um basta a esse redutor, de uma vez por todas”, comentou. Para isso, recomenda a união das lideranças sindicais em torno do mesmo assunto.

A redução da jornada de trabalho de 44 horas/semanal para 40 horas também foi amplamente debatido na Plenária. A Força Sindical e as demais centrais são favoráveis a essa proposta que também tramita no Congresso Nacional. José Lucas da Silva ressalta que essa redução visa aumentar a oferta de emprego no Brasil, “sem diminuir os salários”, acrescentou.

A plenária discute também a participação de sindicalistas de Mato Grosso do Sul no 6ª Congresso Nacional da Força Sindical nos dias 29. 30 e 31 de julho/09, em Praia Grande/SP. A caravana de MS já conta com dois ônibus com sindicalistas.