Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Centrais e confederações anunciaram apoio à luta dos trabalhadores. Dirigentes brasileiros assinaram carta de solidariedade exigindo que a montadora japonesa Nissan respeite os acordos internacionais que garantem a liberdade de organização sindical. A carta foi endereçada ao presidente da empresa, Carlos Ghosn, que é brasileiro.

Carlos Albino teve a oportunidade de relatar aos vereadores da cidade de Jackson, Mississippi, os motivos da presença de dirigentes brasileiros em apoio aos trabalhadores da Nissan e exigir o fim das práticas antissindicais da empresa.

Os problemas enfrentados pelos trabalhadores lá são muito parecidos com os dos brasileiros, porém, sem leis trabalhistas, os americanos encontram mais barreiras para lutarem pelos seus direitos. Segundo Rafael Guerra, da UAW, no sul dos Estados Unidos a população é muito pobre e as montadoras e grandes empresas se aproveitam disso para explorá-los.

A Nissan está impedindo, com ameaça de demissões, os trabalhadores da fábrica localizada na cidade de Canton, de se organizarem e lutarem por seus direitos. Os salários são muito baixos, metade dos trabalhadores tem contrato temporário (a fábrica tem cerca de 4 mil funcionários), são ruins as condições de trabalho e o sindicato United Auto Workers (UAW) é proibido de representar a categoria.

Além dos dirigentes sindicais brasileiros, políticos e associações norte-americanas já apoiam a causa. A mobilização também ganhou apoio do ator Danny Glover, que em vídeo postado no youtube agradeceu a solidariedade dos sindicalistas brasileiros.

Os dirigentes sindicais brasileiros anunciaram também que receberão no Brasil, em breve, o ator Danny Glover e líderes da “Aliança do Mississippi pela Justiça na Nissan”.

No dia 4 de março, o SIMECAT recebeu a visita dos sindicalistas Rafael Guerra e Ginny Coughlin da United Auto Workers (UAW), localizada em Detroit, Michigan, Estados Unidos. Eles relataram a crise sindical no País e a exploração dos trabalhadores da Nissan no Mississippi.

Por Juliana Barbosa – Assessoria de Imprensa SIMECAT (Com informações da CNTM)