Jornal da Tarde
Agora com renda maior, a população que ascendeu à classe C tem dois desejos: comprar a casa própria e prosseguir com os estudos. As intenções foram levantadas em pesquisa com 2 mil pessoas da classe C encomendada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) ao Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe).
O levantamento mostra que 81% dos entrevistados pretendem adquirir a casa própria nos próximos meses. Não há diferença significativa entre as populações rural e urbana que se encaixam nesse grupo, composto por famílias com renda mensal de R$ 1.200 a R$ 5.200.
A busca por novas oportunidades também é uma das prioridades para 13% dos entrevistados da área urbana e 17% dos entrevistados da área rural. Em geral, 49% dos integrantes da classe C acessam a internet, sendo que na área urbana esse índice é de 52% e na área rural, bem menor, de 28%.
A pesquisa também aponta que a classe não é homogênea e, por isso, demanda políticas diferenciadas do governo federal. O levantamento divide o grupo em ‘Classe C tradicional’, ‘Classe C mais’ e ‘Classe C menos’, que representam respectivamente 41%, 39% e 20% do total do segmento.
Os principais problemas ocorrem na ‘Classe C menos’, que têm menos tempo de estudo e sofrem para conseguir um bom emprego. A pesquisa mostra que 88% da classe C vive em áreas urbanas e 12% em áreas rurais.
