Ciro Gomes
Auditório do Sindicato dos Metalúrgicos lotado
Ciro Gomes e Miguel Torres
O candidato a presidente da República pelo PDT, Ciro Gomes, participou na sexta, 27 de abril de 2018, de um encontro com trabalhadores, diretores(as), assessores(as) metalúrgicos, e funcionários do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, dirigentes sindicais metalúrgicos de outras bases e categorias (eletricitários, telefônicos, alimentação) e estudantes.
Ciro Gomes veio com o presidente do PDT, Carlos Lupi, e foi recebido pelo presidente do Sindicato e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), Miguel Torres, vice-presidente da Força Sindical, e pelo secretário-geral Jorge Carlos de Morais, o Arakém.
Miguel Torres – “Queremos ouvir quais são as suas propostas para o futuro do País e dos brasileiros. Não tem como a gente, como trabalhador, não falar deste momento difícil diante de uma reforma trabalhista que veio para tirar direitos, precarizar as condições de trabalho, tornar o trabalhador submisso e favorecer os grandes grupos econômicos, sob o falso pretexto de gerar emprego e mais produção”, disse Miguel Torres, após saudar o candidato, o plenário e sindicalistas presentes.
Depois de fazer um breve relato da situação econômica, política e social do Brasil, Miguel Torres disse que este “é um ano que temos que ter compromisso com o nosso voto e eleger pessoas comprometidas conosco e não reeleger quem votou contra nós”.
Construir juntos uma solução para a crise
Ciro Gomes disse que “temos que tentar construir juntos uma solução para essa crise que vem de muitos anos, é tão complexa e intrincada” e, entre outras análises, disse que revogará a reforma trabalhista, falou do aumento do número de assassinatos, do desemprego e do aumento da informalidade.
“Pela primeira vez na história, o número de pessoas empurradas para a informalidade superou o de trabalhadores formais. Temos 13,7 milhões de desempregados e 1,5 milhões de vagas foram destruídas a partir da vigência da reforma trabalhista”.
Ciro disse que as lideranças sindicais e trabalhadores precisam ajudar o Brasil a entender o que está acontecendo. “Se vamos falar de saúde precisamos dizer de ontem vem o dinheiro. É preciso discutir como o Brasil está se desindustrializando rapidamente e perdendo suas riquezas. Temos a maior concentração de renda do mundo”.
Segundo ele, o problema do País não é o salário. “É mentira que o problema brasileiro é renda e salário. O problema é o juro, que é alto demais e consome investimentos, enquanto os bancos têm lucros altíssimos”.
Desafios
Ciro disse que o Brasil tem pelo menos três desafios a resolver: o endividamento das famílias (60 milhões de brasileiros), “de tantos juros exorbitantes”, das empresas com o sistema financeiro e o colapso das contas públicas.
Para resolver este colapso, segundo Ciro, é preciso destruir a força organizada do mundo do trabalho. “O governo não tem compromisso popular, aprovou uma reforma trabalhista que é uma fraude e o sistema tributário é o mais regressivo do mundo”.
Ciro falou também sobre a seguridade social. “Em 2017, a arrecadação da seguridade foi suficiente para pagar a Previdência Social e ainda sobrou um pouco. Aí o governo fez a DRU (Desvinculação das Receitas da União) que tirou 30% da Previdência para os seus cofres”.
Após finalizar sua fala, Ciro Gomes respondeu perguntas de dirigentes e trabalhadores. Ele disse que seu programa de governo ficará pronto em junho e que o momento agora é de ouvir reivindicações e debater.
Carlos Lupi, Ciro Gomes e Miguel Torres
Ciro Gomes responde:
“Defendo a revogação da reforma trabalhista”.
“O Brasil precisa estudar e respeitar a história trabalhista, pois o
trabalhismo soma valores de desenvolvimento com superação da pobreza”.
“Os investimentos precisam ser destinados para a indústria,
agricultura e construção civil e para a geração de empregos”.
“Já fui parlamentar e devemos resgatar a importância
do Congresso Nacional para a democracia”.
“É fundamental redesenhar o pacto federativo e negociar
a situação econômica dos estados e municípios”.
“A população precisa ser ouvida por meio de referendos e plebiscitos”.
“Vamos tirar a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil
do oligopólio financeiro de bancos privados”.
“As reformas necessárias para o desenvolvimento do País devem
partir dos interesses conjuntos de quem produz e de quem trabalha”.
Por Redação CNTM e Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo
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