Foto de Guilherme Ochika / SMC
Curso reuniu cipeiros e dirigentes sindicais da Volks, Renault e VolvoCipeiros, delegados sindicais e membros da comissão de fábrica da Volkswagen, Renault e Volvo se reuniram no último sábado (27/02), no MetalClube de Campo, para participar do “Curso de Formação de Cipeiros das montadoras”.
O tema central do encontro foi “mapa de risco”. Os diretores do SMC, Nuncio Mannala, Jamil Dávila, Olário Krieger, Osvaldo Silveira e Edson dos Anjos, abriram o encontro e falaram da importância da iniciativa.
“O conhecimento é a única coisa que ninguém pode nos tirar. Por isso, temos que aproveitar a oportunidade e multiplicar esse conhecimento”, afirmou o secretário geral da entidade, Jamil Dávila.
“Nossa responsabilidade aqui é muito grande, pois estamos representando neste evento mais de 11 mil trabalhadores”, completou Nuncio Mannala, diretor do departamento de saúde do Sindicato.
Após os discursos de abertura, o engenheiro de segurança do trabalho, Mário Freitas, iniciou sua palestra sobre o mapa de risco. “Primeiramente, precisamos saber o que é o risco. Muitos trabalhadores desconhecem o perigo que estão correndo nas fábricas. Esse é um problema muito grande que precisamos solucionar com a máxima urgência”, disse Freitas.
Durante sua palestra, o engenheiro explicou aos participantes os tipos de risco a que os trabalhadores estão expostos: químico, físico, biológico e ergonômico. “A Cipa deve elaborar o mapa de risco. É atribuição do Sindicato e da comissão de fábrica alertar e ajudar os cipeiros na elaboração desse mapa”, concluiu o especialista.
Hora extra abusiva no mapa de risco
Para Freitas, um outro tipo de risco também deveria constar no mapa: a hora extra abusiva. “Além dos problemas sociais, o excesso de jornada traz também problemas psicológicos e físicos para os trabalhadores. A hora extra se torna muito perigosa na medida em que os funcionários ficam exaustos e muito mais vulneráveis a acidentes de trabalho”, afirma.
Cipeiros elaboram mapa
Após a palestra, os cipeiros e dirigentes se dividiram em três grupos de trabalho. O objetivo foi elaborar um mapa de risco para cada uma das montadoras. O grupo da Volks fez o mapa de risco do setor de pintura, o da Volvo do setor de logística e o da Renault do setor ME5 – banco de rolagem. Além de apresentarem seus mapas e explicar os pontos críticos de cada um, os três grupos sugeriram ações. Uma das principais foi que os cipeiros passem a ter tempo livre para desenvolver seu trabalho.
Curso proveitoso
Para Enderson Rodrigo de Paiva, ex-cipeiro e atual candidato à Cipa da Renault, o curso foi bastante proveitoso. “É sempre bom adquirir novos conhecimentos em relação à saúde e segurança do trabalhador. Esses cursos do Sindicato nos dão uma visão muito boa sobre o assunto”, afirma.
Segundo Luiz Mazon, cipeiro da Volvo, dedicar um tempo à atualização é muito importante. “Quem deseja ser cipeiro deve estar sempre se aperfeiçoando, se qualificando, pois temos uma responsabilidade muito grande dentro da fábrica”. Já o cipeiro da Volks, Emerson Bueno, afirma que a luta por um ambiente de trabalho mais seguro é diária. “Todos os dias temos que estar atentos à questão da segurança. Quanto mais conhecimento tivermos sobre o assunto, melhor”, afirma.
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Por Guilherme Ochika
Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC)
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