Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Força Sindical

Central questiona gastos públicos com a Copa

Divulgação

Presidente da Força, Miguel Torres é a favor da Copa do Mundo, mas critica gastos

Ivan Ventura
Especial para o Diário de S. Paulo

O presidente nacional da Força Sindical, Miguel Torres, criticou nesta segunda os gastos do governo federal com a construção e reforma dos 12 estádios que serão usados na Copa do Mundo a ser realizada no Brasil. No primeiro orçamento estava previsto um gasto de R$ 2,6 bilhões. Agora, o valor já supera a casa dos R$ 9,5 bilhões. E ainda faltam quatro meses para o evento esportivo.

“É indiscutível que teremos bons legados para a Copa do Mundo: estádios, transportes e toda e as melhorias ao redor do estádio. A Copa do mundo é nossa. Ninguém tira isso de nós. Mas precisamos fiscalizar o nosso patrimônio, que ele seja controlado”, criticou Torres, que defendeu o uso desse  dinheiro em obras nas áreas da saúde, educação, transporte e outros setores. “Esse é o legado que queremos”, disse o sindicalista.

Ato intersindical/ O presidente da Força criticou ainda a performance do governo federal em lidar com outras questões de interesse nacional ou exclusivamente dos trabalhadores brasileiros. Uma delas é a proposta da edição de uma medida provisória da Copa que prevê a criação de emprego temporário por até 14 dias. A proposta já está pronta, mas ainda não foi publicada no “Diário Oficial da União”.

Outras medidas que não contam com o apoio da Força e também das outras principais centrais sindicais do país são o fim do fator previdenciário e a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Esses dois itens e mais a medida provisória sobre o trabalho temporário durante a Copa do Mundo serão os alicerces de um grande ato sindical contra o governo federal e promovido pela Força, pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) e por outras importantes centrais sindicais brasileiras. O evento será no dia 9 de abril.

“Vamos promover um ato em favor da pauta trabalhista. No entanto, não acredito que o governo vá fazer alguma coisa este ano. Ele teve a oportunidade ao longo de quatro anos e só nos enrolou”, disse o presidente da Força. Hoje, na sede da Força Sindical, acontece o segundo encontro das centrais para definir detalhes da grande passeata dessas centrais. O evento acontece às 10h. O primeiro encontro aconteceu na sede da CUT.