Felix Pereira
Miguel: A Força volta às ruas contra política econômica e por direitos
A Força Sindical realizará um grande ato em São Paulo, no próximo dia 6 (sexta-feira), para reivindicar mais direitos e em protesto contra a política econômica do governo, que vem deteriorando a economia e, assim, prejudicando os rendimentos dos trabalhadores. Dezenas de categorias, de vários setores profissionais, participarão do ato.
O movimento sindical tem uma Pauta Trabalhista que cobra o fim do Fator Previdenciário, a queda dos juros, reajustes dignos para os aposentados, a correção da tabela do IR, a redução da jornada de trabalho, a valorização da política do salário mínimo, igualdade de oportunidades entre homens e mulheres e mais investimentos nas áreas de saúde, educação, segurança, transporte e moradias, entre outras demandas. Essas reivindicações da classe trabalhadora só trarão benefícios para o nosso País.
O fato de o Copom (Comitê de Política Monetária) interromper o ciclo de aumento dos juros básicos e manter a taxa Selic em 11% ao ano de nada adiantou, pois isto nada mais é do que um sinal de que o governo segue ignorando os anseios do setor produtivo e dos trabalhadores, e atendendo apenas os grandes especuladores.
E o ressurgimento do “dragão da inflação” rondando os lares dos trabalhadores brasileiros e penalizando, principalmente, os mais pobres, é de responsabilidade total da equipe econômica do governo, e fruto de decisões equivocadas e da indiferença governista.
“Vamos protestar intensamente contra a alta do custo de vida e contra a desoneração da folha de pagamento (que atinge, hoje, R$ 21 bilhões) sem contrapartidas para os trabalhadores. Os setores que tiveram desoneração têm uma rotatividade média de 36%, e medidas para evitá-la não foram negociadas”, diz Miguel Torres, presidente da Força Sindical.
“Queremos sensibilizar o governo com esta manifestação para que ele adote medidas visando estimular a economia, especialmente a indústria de transformação. Faz-se necessário gerar e manter empregos, além de baixar os juros”, declara João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical.
Já Sergio Luiz Leite, 1º secretário da Central e presidente da Federação dos Químicos do Estado de São Paulo (Fequimfar), observa que o governo vem adotando medidas que prejudicam os trabalhadores ao reajustar o seguro-desemprego apenas pelo índice de inflação.
Para Torres, o governo tem de atender as necessidades dos trabalhadores. As empresas estão “cambaleando”, empregos e consumo estão ameaçados, e nada de o governo baixar os juros, apostar em investimentos produtivos, impulsionar a competitividade, fomentar a empregabilidade, coibir a rotatividade, oferecer contrapartidas sociais aos trabalhadores e avançar na democracia do País. É preciso reverter este quadro.