“Não satisfeito com todas as dificuldades impostas à classe trabalhadora brasileira, como a redução de direitos trabalhistas e previdenciários conquistados ao longo dos anos, o governo vem, agora, com outra “pedalada” para cima dos trabalhadores, penalizando, desta forma, milhares de trabalhadores de menor renda.
Sob a alegação de que, com o valor de R$ 10 bilhões previstos pelo Orçamento para os pagamentos do Abono Salarial, o valor dos saques praticamente dobraria pelo calendário vigente, o governo conseguiu com que o Abono fosse dividido em duas partes, com metade daqueles que têm direito ao benefício sacando ainda este ano e a outra metade recebendo até o mês de março do ano que vem.
A intenção do governo com a proposta e com sua aprovação pelo Codefat (Conselho do Fundo de Amparo ao Trabalhador), na verdade, é fazer caixa e cumprir o Orçamento elaborado de forma errônea pelo Ministério do Planejamento.
A Força Sindical externa toda a sua contrariedade por mais esta arbitrariedade, e repudia veementemente esta nova injustiça cometida contra os trabalhadores pelo governo federal e seus tecnocratas.
Não será desta forma, “metendo a mão no bolso” dos trabalhadores, que o governo vai corrigir suas distorções e alcançar seu almejado superávit primário (economia para pagar juros da dívida).
Não podemos, outra vez, arcar com o ônus de uma crise que não fomos nós que provocamos, e sim quem, agora, quer reparar o mal feito punindo quem constrói a riqueza do País. Manifestações e atos de protesto voltarão a ser realizados pela Força Sindical, numa mobilização nacional contra mais este abuso contra os trabalhadores brasileiros”.
Nota da Força Sindical assinada por Miguel Torres
Presidente da Força Sindical, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes