Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

28 DE JANEIRO - DIA NACIONAL DE LUTA

Centrais vão às ruas por direitos e empregos

Foto: Paulo Segura


Torres: Manifestações por todo o País contra a retirada de direitos

A Força Sindical, em conjunto com as principais Centrais Sindicais brasileiras, realizarão, no próximo dia 28, o Dia Nacional de Luta por Direitos e pelo Emprego, uma série de manifestações contra o que consideram um desrespeito – e uma traição – por parte do governo contra a classe trabalhadora: a mudança de regras, e a consequente retirada de direitos trabalhistas e previdenciários, por meio das Medidas Provisórias nºs 664 (pensão por morte e auxílio-doença) e 665 (seguro-desemprego, abono salarial e seguro-defeso), anunciadas no final do ano. As manifestações, que contarão com a participação de milhares de trabalhadores, acontecerão por todo o País.

“A revogação das MPs é uma exigência dos trabalhadores e do movimento sindical. É uma afronta as Medidas terem sido anunciadas logo após a presidenta Dilma ter se comprometido, publicamente, a voltar a abrir um canal de diálogo com as Centrais, através de reuniões periódicas, e não permitir a retirada de qualquer direito trabalhista que fosse. Nem que ‘a vaca tossisse’, afirmou ela. Mas, infelizmente, não foi nada disto o que aconteceu, e o resultado está aí: a continuidade da inflexível e equivocada política do governo federal e os trabalhadores e o movimento sindical de volta às ruas contra mais este disparate governamental. E tudo acontecendo sem nem sequer uma consulta ou uma discussão prévia com os representantes dos trabalhadores”, afirma Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

E a justificativa de “corrigir distorções e fraudes” para justificar o anúncio das referidas MPs, e o consequente prejuízo imposto a milhões de trabalhadores e trabalhadoras brasileiros, principalmente aos mais jovens, que mudam de emprego com frequência maior até se estabelecerem no mercado de trabalho, não será capaz de resolver o problema de alocação de mão de obra no País (segundo estudiosos, o tempo médio de permanência no trabalho no Brasil, de forma geral, é de três anos). Não aceitaremos este retrocesso. Retirar ou reduzir direitos é caminhar na contramão do combate às desigualdades sociais.

As mudanças ainda terão de passar pelo crivo do Congresso Nacional, que só volta do recesso no início de fevereiro. Até lá, teremos muito trabalho para persuadir nossos parlamentares a apoiar a bandeira dos trabalhadores.

O Brasil agradece!