Nesta terça-feira (4), as centrais sindicais – Força Sindical, CUT, UGT, CTB, CGTB e NCST – ocuparam o Congresso Nacional para esclarecer e buscar apoio dos parlamentares para aprovação da Proposta de Emenda a Constituição (PEC) 231/95, que reduz a jornada de trabalho sem redução de salário.
Coordenados pelo deputado Paulo Pereira da Silva (PDT/SP), presidente da Força Sindical, mais de vinte dirigentes sindicais visitaram deputados e senadores em busca de apoio à redução da jornada de trabalho.
Entre as visitas, merece destaque a feita para o presidente do Senado, ex-presidente da República, José Sarney (PMDB/AP).
O presidente do Senado recebeu os dirigentes na sala da presidência da Casa e declarou seu apoio a reivindicação dos trabalhadores. Para Paulo Pereira, “o mundo real dos trabalhadores é outro”, comentou fazendo uma referência sobre a crise que se instalou no Senado antes do recesso parlamentar.
A melhor resposta à população é a aprovação de proposta de interesse social e que possam assim, mostrar o verdadeiro valor das instituições democráticas.
Essa é a reação que os trabalhadores em particular, e a sociedade em geral, esperam das duas casas legislativas, principalmente, em momentos em que a democracia representativa é colocada em xeque.
Entre as proposta que contribuem para valorizar o Parlamento e fortalecer ainda mais a democracia representativa, os dirigentes sindicais destacaram o PL 3.299/08, que trata do fim do fator previdenciário, a redução da Jornada de trabalho e a adoção das convenções 151 (negociação no serviço público) e 158 (fim da demissão imotivada).
A ação das centrais será intensificada até que a proposta de redução da jornada de trabalho seja aprovada pelo plenário da Câmara.
Esse trabalho no Parlamento foi aprovado no 6º Congresso da Força Sindical, realizada na semana passada em Praia Grande (SP), como uma das ações que a central vai empreender, a fim de levar a cabo a “pauta trabalhista” aprovada pelas centrais em maio.
Na próxima semana, as centrais sindicais devem intensificar a pressão no Congresso. A ideia é fazer um corpo-a-corpo com os deputados em Brasília e, na sexta-feira, promover em todo País o Dia Nacional de Luta pela Jornada de 40 Horas Semanais.
Os sindicalistas também colocarão cartazes nos gabinetes dos parlamentares que apoiam a PEC. (André Santos)