Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Centrais Sindicais decidem calendário de mobilização

Dirigentes das centrais sindicais Força Sindical, CTB, CGTB, NCST e UGT realizaram na manhã de sexta-feira (20 de janeiro) uma reunião em São Paulo para definir a agenda sindical para este ano e a organização do 1º de Maio.

Como resultado do encontro, ficou acertada a construção de um “Pacto pelo Desenvolvimento, Distribuição de Renda e Empregos”.

Outro tema que ganhou destaque durante a reunião foi a questão da contribuição sindical. O julgamento da ADI 4067, impetrada pelo partido Democratas (DEM), pede a extinção do imposto sindical e está parada no Supremo Tribunal Federal (STF) desde março de 2010, quando o ministro Carlos Ayres Britto, então presidente da corte, pediu vistas do processo.

Os sindicalistas demonstraram preocupação com essa possibilidade, já que a iniciativa impossibilitaria a ação de diversos sindicatos pequenos, porém representativos, espalhados Brasil afora.

Mobilização – Preocupados com a pauta dos trabalhadores e os rumos da política macroeconômica do Brasil, durante a reunião os sindicalistas definiram a criação de um “Pacto pelo Desenvolvimento, Distribuição de Renda e Empregos”.

“A unidade das centrais só irá reforçar nossa luta”, definiu o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. “Queremos aprovar a pauta trabalhista”.

Além de Paulinho, participaram da reunião pela Força Sindical: Miguel Torres; vice-presidente da Força Sindical e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da CNTM; João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário geral da Força Sindical; Eunice Cabral, presidente do Sindicato das Costureiras de SP e da Conaccovest; Valclécia Trindade, 2ª secretária da Força Sindical; Neuza Barbosa, Secretária de Políticas de Emprego e Qualificação Profissional da Força Sindical.

Estiveram presentes também Ubiracy Dantas, presidente da CGTB; Ricardo Patah, presidente da UGT, e Luisinho, prresidente da NCST-SP. Para o presidente da CTB, Wagner Gomes, é preciso pressionar para que a agenda dos trabalhadores entre na pauta do Congresso Nacional.  “O País precisa ter mais empregos e com qualidade. Mas para isso a presidenta vai pressionar do apoio dos trabalhadores”, destacou.

Além da confecção do documento intitulado “Pacto pelo Desenvolvimento, Distribuição de Renda e Empregos”, ficou definida a realização de uma reunião com o empresariado para unificar forças e fortalecer a luta dos trabalhadores.

Dia do Trabalhador: menos juros e mais salários

Como último ponto da pauta, os dirigentes discutiram o mote do 1º de Maio, que neste ano deve girar em torno da mudança na política macroeconômica do país com o tema “Desenvolvimento, com menos juros, mais salários e empregos”.

Vale ressaltar que as 5 centrais irão novamente unidas preparar o Dia do Trabalhador, na Praça Campo de Bagatelle, zona norte de São Paulo.

Agenda de lutas das centrais para 2012:

• Mudanças na política econômica – reduzir os juros e conquistar o desenvolvimento, com valorização do trabalho, distribuição de renda e fortalecimento do mercado interno;

• Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução do salário;

• Fim do Fator Previdenciário, por uma política de valorização das aposentadorias;

• Regulamentação da terceirização para garantir os direitos dos trabalhadores;

• Ratificação da Convenção 158 da OIT para combater a rotatividade da mão de obra;

• Regulamentação da Convenção 151 da OIT, pelo direito de organização e negociação coletiva dos servidores públicos;

• Reformas agrária e urbana;

• 10% do Pré-sal para educação;

• Soberania nacional e autodeterminação dos povos.